Alfatocoferol

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
Alfatocoferol é um tipo de tocoferol ou vitamina E.
Tem o número de E "E307".

Alfatocoferol é uma forma de vitamina E, que é preferencialmente absorvido e acumulado nos seres humanos.

A medição da actividade de "vitamina E" em unidades internacionais (UI) baseou-se no aumento da fertilidade através da prevenção de aborto espontâneo em ratas grávidas em relação a Alfatocoferol.
Usos comuns
As indicações da Vitamina E foram deduzidas do que se conhece do seu papel fisiológico e das alterações observadas nos estados carenciais dos animais de experiência e são portanto as seguintes:

Aborto habitual e tendência para partos prematuros e nado-mortos; Aborto iminente; Descolamento da placenta; Agalactia e hipogalactia; Amenorreias; Sindromas de menopausa; Vulvovaginites; Prurido vulvar.
Crianças prematuramente nascidas; Doenças degenerativas da primeira infância; Distrofia; Espasmofilia; Malformações; Perturbações da fertilidade e astenia sexual; Perturbações do crescimento e do desenvolvimento; Distrofia muscular progressiva; Esclerose lateral amiotrófica; Atrofia muscular espinhal.
Miotonia; Miastenia grave.
Paralisia pós-encefalítica.
Miosite; Fibrosite; Doença de Dupuytren; "Induratio penis plastica"; Lúpus erimatoso; Úlcera da perna; Miocardoses; Insuficiência coronária; Arteriosclerose; Tromboangeite obliterante; claudicação intermitente; Piorreia alveolar.
Tipo
Molécula pequena.
História
Sem informação.
Indicações
As indicações da Vitamina E foram deduzidas do que se conhece do seu papel fisiológico e das alterações observadas nos estados carenciais dos animais de experiência e são portanto as seguintes:

Aborto habitual e tendência para partos prematuros e nado-mortos.
Aborto iminente.
Descolamento da placenta.
Agalactia e hipogalactia.
Amenorreias.
Sindromas de menopausa.
Vulvovaginites.
Prurido vulvar.
Crianças prematuramente nascidas.
Doenças degenerativas da primeira infância.
Distrofia.
Espasmofilia.
Malformações.
Perturbações da fertilidade e astenia sexual.
Perturbações do crescimento e do desenvolvimento.
Distrofia muscular progressiva.
Esclerose lateral amiotrófica.
Atrofia muscular espinhal.
Miotonia.
Miastenia grave.
Paralisia pós-encefalítica.
Miosite.
Fibrosite.
Doença de Dupuytren.
"Induratio penis plastica".
Lúpus erimatoso.
Úlcera da perna.
Miocardoses.
Insuficiência coronária.
Arteriosclerose.
Tromboangeite obliterante.
Claudicação intermitente.
Piorreia alveolar.
Classificação CFT

11.3.1.1 : Vitaminas lipossolúveis

Mecanismo De Acção
As Vitaminas são substâncias orgânicas presentes no organismo em pequena quantidade, que são indispensáveis ao funcionamento normal de vários processos metabólicos e à manutenção da saúde.

No estado normal o organismo complementa as suas necessidades vitamínicas a partir dos alimentos.

No entanto certos estados de carência podem ser resultantes de uma dieta desequilibrada; de um aumento das necessidades, como é o caso da gravidez; de um estado patológico ou ainda ser induzido por certos fármacos.

Para estas situações, existem no mercado diversas preparações contendo vitaminas isoladas ou em associações diversas destinadas quer ao uso profiláctico, como suplemento dietético, quer para fins terapêuticos.

A Vitamina E, ou acetato de alfa-tocoferol, é uma vitamina liposolúvel que se encontra principalmente em óleos vegetais, cereais e ovos, e que no organismo actua como antioxidante protegendo os ácidos gordos polinsaturados da membrana celular.

As necessidades diárias em Vitamina E, não foram ainda claramente definidas mas sabe-se que oscilam entre 3 a 15 mg, verificando-se um aumento das quantidades de ácidos polinsaturados ingeridos na dieta.

O papel bioquímico da Vitamina E, não está ainda completamente esclarecido; após a sua absorção é distribuída no organismo a todos os tecidos e é armazenada no tecido adiposo.

Participa na formação dos tecidos de origem mesodérmica, nomeadamente substância fundamental, fibras colagéneas e elásticas do tecido conjuntivo, musculatura estriada e musculatura lisa dos vasos, do tracto digestivo etc.

Pensa-se que desempenha um papel importante na estabilização da fracção lipídica da membrana celular, protege os ácidos gordos insaturados das alterações oxidativas impedindo assim a formação de radicais livres nocivos, e participa em varias reacções metabólicas.

Poderá também contribuir para a manutenção da resistência dos glóbulos vermelhos.

Poderá desenvolver-se um estado de carência em Vitamina E quando a sua ingestão for insuficiente para fazer face às necessidades diárias.

Embora a avitaminose E, seja rara, poderá verificar-se em doentes com sindromas de malabsorção ou alterações genéticas, ou ainda em recém-nascidos prematuros que estejam a receber alimentação artificial não suplementada.

A carência crónica em Vitamina E em humanos tem sido associada a sindromas neurológicos semelhantes aqueles desenvolvidos em animais por privação de Vitamina E.

Os estados de carência desta vitamina, também conhecida por vitamina antiesterilidade, são conhecidos nos animais de experiência, sobretudo no rato.

As manifestações de carência afectam os órgãos reprodutores, o sistema neuromuscular, o tecido conjuntivo e o fígado.

Com base nestas descobertas experimentais, a Vitamina E tem sido ensaiada no tratamento de varias afecções humanas: infertilidade, abortos repetidos e doenças musculares e nervosas.
Posologia Orientativa
As necessidades diárias em Vitamina E variam com a idade, o sexo, os hábitos alimentares, e o estado de gravidez e amamentação.

A OMS estabeleceu o valor das necessidades diárias de um indivíduo são entre 10-13mg.

Profilaxia, suplemento: 1 a 2 cápsulas de 150 mg por dia.
Tratamento: Em obstetrícia, empregam-se 150 mg por dia, por via oral, durante os dois primeiros meses de gravidez, para os casos de aborto habitual, durante os últimos dois meses para a tendência para o parto prematuro.

O aborto iminente e o descolamento da placenta exigem de 150 a 300 mg diários por via oral.

Em ginecologia as doses oscilam entre 150 e 300 mg diários, durante semanas.

As doses mais altas, dentro deste âmbito, são aconselhadas para tratamento da síndroma da menopausa.
Nas doenças neuromusculares são necessárias doses altas (300 a 600 mg diários), durante vários meses.

Nas doenças do tecido conjuntivo e dos vasos, as doses vão mesmo além de 600 mg diários, como por exemplo na doença de Dupuytren, durante meses seguidos.
Administração
Via oral.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade à substância activa.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
A Vitamina E é geralmente bem tolerada, mesmo em doses elavadas.

Doses diárias de 400 a 800 mg administradas durante longos períodos de tempo, podem por vezes causar diarreia, dor abdominal e outras alterações gastrintestinais, e podem também dar origem a fadiga, fraqueza muscular e dores de cabeça.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Recomenda-se um aporte diário de 10-11 mg de Alfatocoferol para a mulher grávida.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Recomenda-se um aporte diário de 10-11 mg de Alfatocoferol para a mulher que amamenta. A Vitamina E está presente no leite materno em concentrações suficientes para cobrir as necessidades do recém-nascido saudável.
Precauções Gerais
Doses diárias de 2 gramas a 20 gramas determinaram perturbações gastrintestinais, disfunção das gónadas e creatininúria.

Os sintomas desapareciam dentro de algumas semanas quando as doses excessivas eram interrompidas.
O uso excessivo da Vitamina E pode reduzir os depósitos de Vitamina A.
Existem registos de que a Vitamina E pode antagonizar os efeitos da Vitamina K, originando um aumento do tempo de coagulação em doentes susceptíveis, tais como aqueles que estejam a receber tratamento anticoagulante ou estrogénico.

Contudo, o significado clínico deste efeito não foi comprovado.
Cuidados com a Dieta
Não interfere com alimentos e bebidas.
Terapêutica Interrompida
Não utilize uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no Armazenamento
Não guardar acima de 25° C.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Alfatocoferol Anticoagulantes orais

Observações: n.d.
Interacções: Uma possível interacção da Vitamina E com anticoagulantes, com potenciação dos efeitos destes últimos, foi evocada a propósito de casos excepcionalmente raros e insuficientemente documentados. - Anticoagulantes orais
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Lactulose + Parafina líquida + Vaselina branca Alfatocoferol

Observações: n.d.
Interacções: A utilização prolongada pode diminuir a absorção das vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) devido à parafina. - Alfatocoferol
Usar com precaução

Tocofersolano Alfatocoferol

Observações: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Devido à inibição do transportador P - Glicoproteína, o tocofersolano pode também reforçar a absorção intestinal de outras vitaminas lipossolúveis concomitantes (A, D, E, K) ou de outros medicamentos altamente lipofílicos (como esteróides, antibióticos, Anti-histamínicos, a ciclosporina, o tacrolimus). Por conseguinte, há que efetuar a devida monitorização e, quando necessário, ajustar a dose. - Alfatocoferol
Usar com precaução

Fluindiona Alfatocoferol

Observações: n.d.
Interacções: Associações que requerem precauções de utilização: Vitamina E ≥ 500 mg / d (alfa-tocoferol): Efeito aumentado de anticoagulantes orais e risco de hemorragia. Monitorização mais frequente do INR. Ajustar a dosagem de anticoagulante oral durante o tratamento com vitamina E e após a sua interrupção. - Alfatocoferol
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Oxigénio Alfatocoferol

Observações: Não foram descritas quaisquer interações com o Oxigénio. Descrevem-se a seguir as interações com oxigénio 100% v/v. Desconhece-se se estas poderão também estar associadas ao oxigénio 22% v/v.
Interacções: Além disso, pode verificar-se um aumento da toxicidade por oxigénio no hipertiroidismo e na deficiência de vitamina C, E ou glutationa. - Alfatocoferol
Usar com precaução

Orlistato Alfatocoferol

Observações: n.d.
Interacções: Vitaminas lipossolúveis: O tratamento com orlistato pode diminuir a absorção das vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K). Nos ensaios clínicos, a grande maioria dos doentes em tratamento com orlistato até 4 anos completos apresentou níveis de vitaminas A, D, E e K e de betacaroteno que se mantiveram dentro dos limites normais. De forma a assegurar uma nutrição adequada, os doentes em dieta de controlo de peso devem ser aconselhados a terem uma dieta rica em fruta e vegetais e devem considerar tomar um suplemento multivitamínico. Se for recomendado a toma de um suplemento vitamínico, deverá ser administrado pelo menos duas horas após a administração de orlistato ou ao deitar. - Alfatocoferol
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Varfarina Alfatocoferol

Observações: n.d.
Interacções: Os compostos que reconhecidamente potenciam a acção da varfarina ou que habitualmente são referidos como exercendo esse efeito são: Ácido etacrínico, ácido mefenâmico, ácido tielínico, álcool (ingestão aguda), alopurinol, amiodarona, Ácido Acetilsalicílico, azapropazona, cefamandol, ciprofloxacina, claritromicina, cloranfenicol, cimetidina, clofibrato, cotrimoxazol, danazol, dextropropoxifeno, dipiramidol, dissulfiram, eritromicina, estanozolol, etiloestrenol, fenilbutazona, fibratos, fluconazol, glucagão, halofenato, hormonas tiroideias, cetoconazol, latamofex, meclofenamato de sódio, metronidazol, miconazol, noretandrolona, omeprazol, oxifenbutazona, oximetolona, paracetamol, piroxicam, propafenona, quetoquenazol, quinidina, quinina, sinvastatina, ISRS antidepressivos, sulfinpirazona, sulfonamidas, sulindac, tetraciclina, valproato, vitamina E. - Alfatocoferol
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Alfatocoferol
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

A Vitamina E atravessa dificilmente a barreira placentária.

Recomenda-se um aporte diário de 10-11 mg de Alfatocoferol para a mulher grávida ou que amamenta.

A Vitamina E está presente no leite materno em concentrações suficientes para cobrir as necessidades do recém-nascido saudável.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 04 de Janeiro de 2024