Albutrepenonacog alfa

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
Albutrepenonacog alfa é um medicamento para a hemofilia que substitui o factor IX da coagulação (coagulante) que existe naturalmente no sangue.
A substância activa do Albutrepenonacog alfa é albutrepenonacog alfa (factor IX da coagulação recombinante ligado à albumina através de uma proteína de fusão (rIX-FP)).

O factor IX está envolvido na coagulação do sangue. Os doentes com hemofilia B têm falta deste factor, o que significa que o seu sangue não coagula tão rapidamente como deveria, pelo que existe um aumento da tendência para hemorragias. Albutrepenonacog alfa actua substituindo o factor IX em doentes com hemofilia B, de forma a permitir a coagulação do seu sangue.
Usos comuns
Albutrepenonacog alfa é usado para prevenir ou estancar hemorragias provocadas pela deficiência de factor IX em doentes de todas as faixas etárias com hemofilia B (também chamada deficiência congénita de factor IX ou doença de Christmas).
Tipo
Biotecnologia.
História
Sem informação.
Indicações
Tratamento e profilaxia de hemorragias em doentes com hemofilia B (deficiência congénita de factor IX).
Classificação CFT

4.4.2 : Hemostáticos

Mecanismo De Acção
Albutrepenonacog alfa é um factor IX da coagulação recombinante.
O prolongamento da semi-vida do Albutrepenonacog alfa e a melhorada exposição sistémica são obtidos através da fusão com albumina recombinante.
A albumina é uma proteína de transporte natural e inerte que existe no plasma e cuja semi-vida é de aproximadamente 20 dias.
A fusão genética do factor IX da coagulação recombinante com a albumina prolonga a semi-vida do factor IX.

Albutrepenonacog alfa permanece intacto na circulação até o factor IX ser activado, verificando-se então a clivagem da albumina e a libertação do factor IX activado (FIXa) quando este é necessário para a coagulação.
Posologia Orientativa
A dose e a duração da terapêutica de substituição dependem da gravidade da deficiência de factor IX, da localização e extensão da hemorragia e do estado clínico do doente.

Tratamento consoante necessário:
O cálculo da dose necessária de factor IX baseia-se na observação empírica de que é expetável que 1 Unidade Internacional (UI) de factor IX por kg de peso corporal aumente o nível de factor IX circulante em média 1,3 UI/dl (1,3% do normal) em doentes > 12 anos de idade e 1,0 UI/dl (1,0% do normal) em doentes < 12 anos de idade. A dose necessária é determinada através das seguintes fórmulas:

Dose necessária (UI) = peso corporal (kg) x aumento de factor IX pretendido (% do normal ou UI/dl) x {recíproco da recuperação observada (UI/kg por UI/dl)}

Aumento de factor IX esperado (UI/dl ou% do normal) = Dose (UI) x Recuperação (UI/dl por UI/kg)/peso corporal (kg)

A quantidade a ser administrada e a frequência de administração devem ser sempre orientadas em função da eficácia clínica em cada caso individual.

Doentes < 12 anos de idade:
Para um aumento da recuperação de 1 UI/dl por 1 UI/kg, a dose é calculada da seguinte forma:
Dose (UI) = peso corporal (kg) x aumento de factor IX pretendido (UI/dl) x 1 dl/kg

Doentes ≥12 anos de idade:
Para um aumento da recuperação de 1,3 UI/dl por 1 UI/kg, a dose é calculada da seguinte forma:
Dose (UI) = peso corporal (kg) x aumento de factor IX pretendido (UI/dl) x 0,77 dl/kg

Em caso de ocorrência dos seguintes episódios hemorrágicos, a actividade de factor IX não deve diminuir para valores inferiores aos níveis de actividade plasmática (em% do normal ou em UI/dl) no período correspondente.

Profilaxia: Na profilaxia a longo prazo das hemorragias em doentes com hemofilia B grave, as doses habituais são 35 a 50 UI/kg uma vez por semana.

Alguns doentes que estão bem controlados num regime de uma vez por semana, podem ser tratados com uma dose até 75 UI/kg com intervalos de 10 ou 14 dias.

Em alguns casos, especialmente em doentes mais jovens, podem ser necessários intervalos entre as doses mais curtos ou doses mais elevadas.

Após um episódio hemorrágico durante a profilaxia, os doentes devem manter o seu regime profilático tanto quanto possível, através da administração de 2 doses com, pelo menos, 24 horas de intervalo ou com um intervalo mais prolongado consoante adequado para o doente.

População pediátrica:
Na profilaxia de rotina, o regime posológico recomendado em doentes pediátricos é 35 a 50 UI/kg uma vez por semana.
Administração
O seu tratamento deve ser iniciado e monitorizado por um médico com experiência no tratamento de alterações da coagulação sanguínea.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade ao factor IX da coagulação recombinante ligado à albumina através de uma proteína de fusão (rIX-PF)).
Reacção alérgica conhecida à proteína de hamster.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Foram raramente observadas reacções alérgicas ou de hipersensibilidade (que podem incluir angioedema, sensação de ardor e de picadas no local da perfusão, arrepios, afrontamentos, urticária generalizada, cefaleias, urticária, hipotensão, letargia, náuseas, irrequietude, taquicardia, aperto torácico, formigueiro, vómitos, pieira) que podem, em alguns casos, evoluir para anafilaxia grave (incluindo choque).
Em alguns casos estas reacções evoluíram para anafilaxia grave, tendo ocorrido em estreita associação temporal com o desenvolvimento de inibidores do factor IX.
Foram notificados casos de síndrome nefrótico após tentativas de indução de tolerância imunológica em doentes com hemofilia B que apresentavam inibidores do factor IX e antecedentes de reacção alérgica.

São muito raramente observados casos de desenvolvimento de anticorpos para proteínas de hamster com a utilização de produtos de factor IX obtidos de células CHO.

Os doentes com hemofilia B podem desenvolver anticorpos neutralizantes (inibidores) do factor IX. Se tais inibidores ocorrerem, a condição poderá manifestar-se como uma resposta clínica insuficiente.
Nestes casos, recomenda-se que seja contactado um centro especializado em hemofilia.

Existe um risco potencial de ocorrência de episódios tromboembólicos após a administração de produtos de factor IX, sendo este risco mais elevado com preparações de baixa pureza. A utilização de produtos de factor IX de baixa pureza tem sido associada a situações de enfarte do miocárdio, coagulação intravascular disseminada, trombose venosa e embolismo pulmonar. A utilização de factor IX de elevada pureza encontra-se raramente associada a tais reacções adversas.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:O factor IX só deve ser utilizado durante a gravidez se estiver claramente indicado.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:O factor IX só deve ser utilizado durante o aleitamento se estiver claramente indicado.
Precauções Gerais
É possível que ocorram reacções de hipersensibilidade do tipo alérgico com Albutrepenonacog alfa. O produto contém vestígios de proteínas de hamster. Caso ocorram sintomas de hipersensibilidade, os doentes devem ser aconselhados a interromper imediatamente a utilização do medicamento e a contactar o médico. Os doentes devem ser informados acerca dos sinais iniciais das reacções de hipersensibilidade, incluindo urticária, urticária generalizada, aperto torácico, respiração ruidosa, hipotensão e anafilaxia.

Sugere-se que as administrações iniciais de factor IX devem, de acordo com o critério do médico assistente, ser realizadas sob supervisão médica onde poderá ser proporcionado tratamento médico adequado para reacções alérgicas.

Em caso de choque, deve instituir-se o tratamento médico padrão para situações de choque.

Inibidores: Após tratamento repetido com produtos de factor IX da coagulação humana, os doentes devem ser monitorizados para o desenvolvimento de anticorpos neutralizantes (inibidores), os quais deverão ser quantificados em Unidades Bethesda (UB) utilizando ensaios biológicos apropriados.

Têm sido referidos casos na literatura que mostram uma correlação entre a ocorrência de inibidor do factor IX e reacções alérgicas. Deste modo, os doentes que apresentarem reacções alérgicas devem ser avaliados relativamente à presença de um inibidor. Deve salientar-se que os doentes com inibidores do factor IX podem ter um risco aumentado de anafilaxia numa exposição subsequente ao factor IX.

Devido ao risco de reacções alérgicas com os produtos de factor IX, a administração inicial de factor IX deve, de acordo com o critério do médico assistente, ser realizada sob supervisão médica onde poderá ser proporcionado tratamento médico adequado para reacções alérgicas.

Tromboembolismo: Devido ao risco potencial de complicações trombóticas, deve iniciar-se uma supervisão clínica relativamente aos sinais precoces de coagulopatia trombótica e de consumo, através de ensaios biológicos adequados, quando se administrar este produto a doentes com doença hepática, doentes no pós-operatório, recém-nascidos ou doentes em risco de fenómenos trombóticos ou coagulação intravascular disseminada. Em cada uma destas situações, o benefício do tratamento com Albutrepenonacog alfa deve ser avaliado tendo em conta o risco deste tipo de complicações.

Eventos cardiovasculares: Em doentes com factores de risco cardiovascular existentes, a terapêutica de substituição com FIX poderá aumentar o risco cardiovascular.

Complicações relacionadas com o cateter: Caso seja necessário um dispositivo de acesso venoso central (DAVC), deverá ter-se em consideração o risco de complicações relacionadas com o DAVC incluindo infecções locais, bacteremia e tromboses no local do cateter.

População pediátrica: As advertências e precauções mencionadas aplicam-se tanto a adultos como a crianças.

Idosos: Os estudos clínicos realizados com Albutrepenonacog alfa não incluíram indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos. Não se sabe se respondem de forma diferente dos indivíduos mais jovens.

Indução de tolerância imunológica: Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia da utilização de Albutrepenonacog alfa para a indução de tolerância imunológica.
Cuidados com a Dieta
Sem informação.
Terapêutica Interrompida
Não utilizar uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no Armazenamento
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no rótulo e na embalagem exterior.
Não conservar acima de 25°C.
Não congelar.
Manter o frasco para injectáveis na embalagem exterior para proteger da luz.
O produto reconstituído deve, de preferência, ser imediatamente utilizado.
Se o produto reconstituído não for imediatamente utilizado, os tempos de conservação e as condições antes da utilização são da responsabilidade do utilizador.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Sem efeito descrito

Albutrepenonacog alfa Outros medicamentos

Observações: n.d.
Interacções: Não foram notificadas quaisquer interacções entre produtos de fator IX da coagulação humana e outros medicamentos. - Outros medicamentos
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Albutrepenonacog alfa
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Não foram realizados estudos de reprodução em animais com o factor IX. Dada a rara ocorrência de hemofilia B em mulheres, não existe experiência relativamente à utilização de factor IX durante a gravidez e o aleitamento.

Assim, o factor IX só deve ser utilizado durante a gravidez e o aleitamento se estiver claramente indicado.

Não existe informação acerca dos efeitos do factor IX na fertilidade.

Albutrepenonacog alfa não influencia a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 21 de Fevereiro de 2023