Tromboembolismo venoso afeta dez milhões de pessoas no mundo

Tromboembolismo venoso afeta dez milhões de pessoas no mundo

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  Tupam Editores

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Segundo a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostase (ISTH), ocorrem anualmente em todo o mundo cerca de dez milhões de novos casos de tromboembolismo venoso (TEV), e a cada 37 segundos uma pessoa morre em consequência do problema.

Na Europa e nos Estados Unidos, o TEV mata mais pessoas que a SIDA, cancro da mama, cancro da próstata e acidentes de viação.

Pelo quarto ano consecutivo, assinalou-se em todo o  mundo a 13 de outubro, o Dia Mundial da Trombose (World Thrombosis Day) e, em Portugal, o Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT) voltou a associar-se à comemoração deste dia que foi reconhecido, pela primeira vez, em 2014, pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostase (ISTH).

Assim, para assinalar a data, o GESCAT lançou a campanha “Aprenda a identificar os sinais e os sintomas de um TEV!”, tendo como objetivo informar, sensibilizar e consciencializar a população, doentes oncológicos, profissionais de saúde e decisores políticos para as causas, fatores de risco, sinais e sintomas da trombose.

De acordo com a ISTH, uma em cada quatro pessoas em todo o mundo perde a vida diariamente devido a um TEV, números que reforçam a necessidade de aumentar a consciencialização da população para a principal causa de morte cardiovascular evitável.

O tromboembolismo venoso resulta da formação de coágulos de sangue nas veias ou artérias, levando ao seu entupimento e impedindo que o sangue circule. Esta situação pode levar à ocorrência da trombose venosa profunda (TVP) ou da embolia pulmonar (EP), patologias de elevada gravidade e que constituem uma das três principais causas de morte cardiovascular no mundo: ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) e tromboembolismo venoso.

“Mesmo com os altos índices de mortalidade associados ao TEV, grande parte da população desconhece os problemas relacionados com esta patologia silenciosa. A população oncológica, devido à quimioterapia, radioterapia, hospitalização e imobilidade têm um risco acrescido de desenvolver TEV. Daí que um doente bem informado sobre a sua condição pode permitir maior sucesso nos tratamentos e garantir/exigir melhores cuidados durante a hospitalização,  para que, se tiver alguma dúvida com algum dos sintomas, procure ajuda junto do médico assistente”, esclarece Sérgio Barroso, médico oncologista e presidente do GESCAT.

“O TEV pode afetar pessoas de todas as faixas etárias, raça e etnia, não havendo uma prevalência diferente da doença em função do sexo da pessoa. No entanto, existem diversos fatores de risco que contribuem fortemente para aumentar os riscos de formação de um coágulo nas veias levando ao seu entupimento e impedindo que o sangue circule normalmente”, explica.

“A hospitalização é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de trombose. Pacientes com mobilidade reduzida, devido ao repouso prolongado, ou com trauma vascular, em decorrência de cirurgias ou lesões graves, têm maior probabilidade de desenvolver coágulos sanguíneos”.

“Até 60 por cento dos casos de TEV ocorrem durante a hospitalização ou dentro de 90 dias, no pós-alta. Também a idade, sobretudo quando superior a 60 anos, o histórico pessoal ou familiar de formação de coágulos sanguíneos, o cancro ou a quimioterapia e a utilização de anticoncecionais podem ser determinantes para a ocorrência de um TEV. E, tal como associados a grande parte das doenças, temos outros fatores de risco como a obesidade, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool que aumentam a probabilidade de sofrer um TEV”, destaca ainda aquele médico oncologista.

A campanha “Aprenda a identificar os sinais e os sintomas de um TEV!” realizou-se em Lisboa, tendo sido distribuídas população vários materiais promocionais adequados e alusivos ao Dia Mundial da Trombose, para que esta fique a saber mais sobre as causas, os sintomas e as formas de prevenção do TEV.

Sendo o acesso aos cuidados de saúde fundamental, é importante que as pessoas estejam atentas à realidade desta doença e a prestar a devida atenção aos sinais do seu corpo.

A trombose venosa profunda manifesta-se habitualmente através de um dos seguintes sintomas: inchaço no pé, tornozelo, perna ou braço (sensação de pele esticada), especialmente se ocorrer só num lado; dor, cãibra ou sensibilidade, frequentemente na barriga da perna; rubor ou descoloração evidente da perna ou do braço; perna quente ou com sensação de peso.

Já a embolia pulmonar faz-se acompanhar de um dos seguintes sintomas: vertigens e tonturas; dificuldade inexplicável em respirar; batimento cardíaco irregular; dor no peito (especialmente quando respira profundamente) e tosse acompanhada de sangue.

Em prol do Dia Mundial da Trombose, que é celebrado a 13 de outubro de cada ano, Sérgio Barroso, presidente do GESCAT cita ainda as principais medidas que podem ajudar a prevenir a trombose, levando em consideração os fatores de risco: manter o peso saudável; ter uma alimentação equilibrada; praticar exercício físico regularmente; não ficar muito tempo imobilizado; evitar permanecer muito tempo sentado sem se movimentar; evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, principalmente se associado ao cigarro e ao uso de anticoncecionais; após uma cirurgia, voltar a movimentar-se e pacientes com história familiar devem ser orientados a usar meias elásticas e medicamentos.

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