
RUGAS: TIPOS, TRATAMENTOS E CUIDADOS
BELEZA E BEM-ESTAR
Tupam Editores
O envelhecimento é um processo que atinge órgãos e sistemas, gerando alterações percetíveis em diversos aspetos, e num em especial: a face. O envelhecimento facial é responsável por alterações consideráveis como diminuição das funções do tecido conjuntivo, remodelação celular, redução da elasticidade, distensão dos músculos e desidratação, entre outros. E por consequência final, aparecem as rugas.
Falar de rugas não é fácil. Se há pessoas que convivem bem com elas, aceitando-as como “sinais típicos da idade”, há outras que até evitam tocar no assunto. Mas, afinal, quando surgem e como devemos lidar com elas?
As rugas fazem parte do processo natural de envelhecimento, e não são mais que dobras na superfície da pele em locais específicos, como ao redor dos olhos, da boca e no pescoço. Elas surgem principalmente devido à queda na produção de colagénio – uma proteína fundamental para a estrutura, elasticidade e firmeza da pele.

Estes sinais de envelhecimento da pele podem assumir várias formas e, para tratar o problema pela raiz, é essencial conhecer cada um deles.
Existem quatro tipos de rugas, consoante a idade e o tipo de pele.
As rugas dinâmicas, ou linhas de expressão, surgem como natural consequência de movimentarmos a face, pelo que não são visíveis quando a mesma está em repouso. Aparecem entre os 30 e os 40 anos e correspondem ao famoso “bigode chinês”, “pés de galinha” e “código de barras”, por exemplo. Localizadas na testa, entre as sobrancelhas e à volta dos olhos, as marcas de expressão são os atormentadores daqueles que fazem muitos movimentos faciais para comunicar, independentemente da idade.
Apesar de desaparecerem quando o rosto relaxa, se não se cuidar bem da pele, essas linhas podem acabar por ficar mais marcadas com o tempo. Produtos que ajudem a suavizar linhas de expressão são ótimos aliados, pois atuam preenchendo as rugas e ajudando a melhorar a elasticidade da pele.
O tratamento ideal, no entanto, é a aplicação de toxina botulínica, popularmente conhecida como Botox, pois nesta fase de envelhecimento é possível fazer uma prevenção eficaz para as rugas profundas. O preenchimento com ácido hialurónico também ajuda muito em algumas regiões nas quais a toxina não é aplicada.
As rugas finas são comuns em pessoas de pele clara com mais de 30 anos e estão diretamente relacionadas com a perda de colagénio. Apesar de ser o tipo mais superficial, dá um aspeto frágil à pele, que é agravado principalmente pela exposição diária aos raios solares.

Nessa fase do envelhecimento, as rugas podem ser tratadas com cuidados superficiais, peelings, lasers ablativos, luz pulsada intensa ou cremes manipulados com vários ácidos, que devem ser prescritos por um dermatologista.
Tal como o nome indica, as rugas profundas são intensas e definitivas. Surgem normalmente por volta dos 40 a 50 anos e ficam à vista, mesmo quando se está com a face relaxada. As causas para o seu aparecimento são várias: questões endógenas, perda de colagénio, agentes externos como o tabaco e o sol e o envelhecimento natural da pele. Apesar de definitivas, há sempre uma forma de as apaziguar e evitar que outras se instalem na pele.
O tratamento para as rugas profundas deve ser realizado de diferentes maneiras. Somente a aplicação de Botox e preenchimentos faciais não é suficiente, devendo realizar-se tratamentos que recuperem a superfície da pele como: radiofrequência fracionada, microagulhamento e peelings.
A partir dos 60 anos começam a surgir no rosto as rugas gravitacionais. Estas rugas têm essa nomenclatura por causa da gravidade, o que puxa a pele naturalmente para baixo. Acompanham a flacidez dos músculos e são mais comuns em torno da mandíbula, queixo, pescoço e frente das orelhas. Causadas principalmente pela redução de colagénio e fibras elásticas, as rugas gravitacionais aparecem juntamente com a flacidez dos músculos. Podem surgir antes dos 60 anos devido ao tabagismo e ao excesso de sol, que até agravam o problema.
Os tratamentos mais adequados são aqueles que visam a recuperação do colagénio e da elastina, como por exemplo: bioestimuladores, fios de PDO, radiofrequência fracionada, microagulhamento, além de tratamentos que recuperem volumes perdidos como os preenchimentos com ácido hialurónico. Para identificar qual a necessidade específica da pessoa é fundamental uma boa avaliação.

As rugas são inevitáveis pois surgem devido ao envelhecimento natural do corpo, contudo, o seu início e gravidade podem variar, devido à genética da pessoa, mas, também, devido a alguns hábitos de vida.
Assim, para atrasar o seu aparecimento deve-se aplicar protetor solar diariamente, evitar a exposição excessiva ao sol, retirar adequadamente a maquilhagem, evitar fazer caretas, fazer uma dieta equilibrada, beber bastantes líquidos ao longo do dia, evitando as bebidas alcoólicas, praticar exercício físico regularmente, fazer reposição de colagénio, e evitar fumar.
Cada pele é única e merece um cuidado especial. Para isso, deve manter consultas anuais de dermatologia, cujo potencial de intervenção e resolução de problemas cutâneos vai muito além das rugas e do rejuvenascimento facial.