O investigador Murtaza Akhter desenvolveu uma nova diretriz sobre o tempo de iniciação de tratamento com antibiótico em doentes com sépsis, revela um estudo publicado na revista Annals of Internal Medicine.

A prática comum nas salas de emergência em casos de infeção generalizada é administrar antibióticos o mais rápido possível, de maneira a minimizar a propagação das bactérias e fungos e o seu desenvolvimento. Posteriormente, são retiradas duas culturas de sangue para analisar o tipo de microrganismos.

No entanto, esta prática tem sido contestada pelos médicos de medicina interna que defendem que esta prática enviesa as análises ao sangue, sendo que os resultados já estarão alterados devido ao antibiótico.

Este procedimento poderá pôr em causa a eficácia e fiabilidade da identificação do tipo e agressividade das bactérias e fungos, não se conseguindo identificar o melhor tratamento.

Por outro lado, argumenta-se que aguardar pelas colheitas de sangue antes de se iniciar o tratamento pode gerar um atraso no combate à infeção e causar mais danos.

Contudo, após a realização deste estudo, ficou a perceber-se que é importante recolher pelo menos uma amostra de sangue antes de se iniciar o antibiótico, para que se consiga identificar com mais precisão e eficácia o tipo de microrganismo e selecionar o tipo de fármaco mais adequado.

“Agora sabemos que as culturas de sangue, mesmo colhidas imediatamente após a administração de antibiótico, perdem uma parte significativa da sua fiabilidade de diagnóstico”, afirmou Murtaza Akhte.