FOTOPROTEÇÃO, ESSENCIAL PARA UMA PELE SAUDÁVEL

FOTOPROTEÇÃO, ESSENCIAL PARA UMA PELE SAUDÁVEL

BELEZA E BEM-ESTAR

  Tupam Editores

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Com a chegada do verão, praias, piscinas, esplanadas e jardins enchem-se de uma multidão ávida de sol. Mas os meses mais aguardados também requerem cuidados redobrados, e o tão desejado sol exige proteção. Há que tratá-lo com alguma seriedade para que não venha a transformar-se num inimigo.

A energia do sol chega-nos através de três tipos de radiação: a radiação infravermelha, a radiação visível (luz) e a conhecida radiação ultravioleta (UV). Enquanto a primeira é responsável pela geração de calor e assegura as condições de temperatura necessárias à vida, a segunda – relativamente inócua – é imprescindível para o funcionamento dos órgãos da visão e para a promoção da fotossíntese. Já a radiação UV é responsável pelo aparecimento das doenças cutâneas causadas pela exposição ao sol, sendo a que impõe maior preocupação.

Os efeitos causados pela radiação dependem de vários fatores, como o comprimento de onda da radiação, a raça, e as características dos tecidos da pele. Por essa razão, é fundamental classificar o tipo de pele de cada pessoa para uma melhor compreensão da sensbilidade à radiação UV e perceber as necessidades de proteção.

A fotoproteção tem como objetivo estabelecer uma barreira física entre a pele e o sol prevenindo, deste modo, os seus efeitos nefastos.

O protetor solar – classificado em Portugal como Produto Cosmético e de Higiene Corporal (PCHC) – destina-se a bloquear o sol e “defender” ou “abrigar” as células da pele contra os efeitos nocivos da radiação UV.

De uso tópico, sob a forma de cremes, leites ou sprays, apresentam formulações diferentes contendo produtos e ingredientes diversificados que permitem essa defesa. 

Os mecanismos básicos através dos quais essas substâncias agem são: reflexão, dispersão e absorção da luz ultravioleta, e podem ser classificados em filtros físicos e químicos.

Os filtros físicos – também conhecidos como inorgânicos –, são partículas derivadas de metais, ou óxidos metálicos, que atuam através de mecanismos óticos, refletindo ou dispersando os raios solares.

Atualmente, estão disponíveis também em nanopartículas, o que confere uma coloração mais discreta do que a das formulações anteriores, que deixavam a pele com aspeto esbranquiçado ou acobreado.

Geralmente, são associados aos filtros químicos, ou orgânicos, para uma melhor cobertura em relação ao espetro de raios ultravioleta. A vantagem desse tipo de filtro é que são mais estáveis e pouco penetram na pele, sendo ideais para indivíduos alérgicos e com sensibilidade cutânea elevada.

Já os filtros químicos são moléculas que absorvem a radiação ultravioleta, através de reações químicas, penetrando nos pigmentos cutâneos na sua avidez por energia solar. Dessa maneira, impedem que a radiação atinja as células da pele. Dependendo da faixa em que cada molécula atue, será considerado um filtro solar de amplo espectro (que atua na faixa do UVA e UVB) ou exclusivo UVA ou UVB.

Os filtros solares comercializados contêm, geralmente, mais do que uma molécula para atuarem numa faixa mais ampla.


No entanto, em relação aos filtros físicos, possuem uma menor estabilidade, pois “saturam” a sua capacidade de absorver energia ao longo do tempo, necessitando reaplicações frequentes, em caso de exposição prolongada. Além disso, este filtro solar pode penetrar na pele e reagir com ela, levando a reações alérgicas e fotoalérgicas.

Sabe-se que cada indivíduo apresenta diferentes sensibilidades aos raios solares. Assim, para se obter um índice de proteção adequado em função do tipo de pele, os protetores solares necessitam de apresentar eficácia, que é assegurada pelo Fator de Proteção Solar (FPS).

Os protetores solares classificam o seu FPS entre: Proteção baixa (6 a 10); Proteção média (15 a 25); Proteção elevada (30 a 50); e Proteção muito elevada (superior a 50).
 

Mas quando se trata de proteção face à radiação UV deve combinar-se a utilização dos protetores solares com outras medidas, não menos importantes.

A utilização de vestuário adequado durante a exposição solar é uma medida importante de fotoproteção. Assim, não se deve dispensar a t-shirt, um chapéu de aba larga e os óculos de sol (que devem bloquear os raios UVA e UVB).

Devem-se ainda evitar exposições prolongadas nas horas de maior intensidade solar (entre as 11 e as 17 horas) pois, neste período, as radiações solares estão na vertical e são muito mais ricas em radiações ultravioletas A, que penetram mais profundamente na pele.

Não se deve adormecer ao sol. Recomenda-se o movimento, e ir ao banho de vez em quando. Há que ter cuidado igualmente nos dias nublados e ventosos pois os raios UV atravessam facilmente as nuvens, podendo provocar um escaldão.

Não há duvida que uma pele com um tom bronzeado é bonita e atrativa, mas é importante não esquecer que para o conseguir é preciso agredir a pele, causando danos irreversíveis e que se vão acumulando. O bronzeado desaparece com o tempo, mas os danos que ele causou permanecerão para toda a vida, e ficarão mais evidentes com a idade.

Assim, aproveite o calor, a possibilidade de ir à praia e desfrute das merecidas férias, mas atenção… o sol e as suas consequências devem ser levados a sério.


Proteja-se, e aproveite o verão com muita saúde!


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