Educação pode proteger cognição mas não previne Alzheimer

Educação pode proteger cognição mas não previne Alzheimer

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

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As pessoas com um nível académico mais elevado poderão possuir uma vantagem cognitiva, mas não estão protegidas da doença de Alzheimer, concluiu um estudo de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

Os autores sugerem que possuir uma reserva cognitiva superior pode manter a funcionalidade (cognitiva) durante mais tempo e atrasar os sintomas de Alzheimer que interferem com a vida diária, sem, no entanto, evitar o declínio inevitável que causa a doença.

Para o estudo, os investigadores acompanharam 331 norte-americanos sem demência que eram participantes noutro estudo conhecido como ARIC-PET. Do total de participantes, 54 tinham um nível de escolaridade inferior ao ensino secundário e 144 tinham completado o ensino secundário ou o ensino profissional e 133 tinham frequentado o ensino universitário.

Os participantes foram submetidos a exames de imagem ao cérebro especializados. Depois, 20 anos mais tarde, os participantes foram submetidos a ressonância magnética ou a tomografia por emissão de positões (PET) ao cérebro para medir os índices de proteína beta-amiloide acumulada no cérebro (um marcador convencional da doença de Alzheimer).

Os resultados mostraram que 171 participantes apresentavam níveis de beta-amiloide mais elevados do que o considerado normal.

Entre os 65 e os 84 anos de idade, cada participante teve a sua cognição avaliada através de testes à memória, linguagem e função intelectual.

Foi observado que os participantes com qualquer nível de beta-amiloide no cérebro e o ensino universitário, pós-graduação ou ensino profissional apresentavam pontuações cognitivas acima da média em relação aos que tinham completado menos do que o ensino secundário, independentemente dos índices da proteína.

Estes dados sugerem que as habilitações académicas parecem ajudar a preservar a cognição, afirmou Rebecca Gottesman, investigadora no estudo.

O estudo foi publicado no Journal of Alzheimer's Disease.

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
09 de Abril de 2024

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