DIETA MIND, O PLANO ALIMENTAR QUE PROTEGE O CÉREBRO

DIETA MIND, O PLANO ALIMENTAR QUE PROTEGE O CÉREBRO

DIETA E NUTRIÇÃO

  Tupam Editores

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A dieta Mind (mente, em inglês) é um plano alimentar que promete proteger o cérebro do declínio cognitivo e de problemas neurodegenerativos, como a Doença de Alzheimer. O método é resultado da associação entre a dieta anti-hipertensiva, ou DASH, e a mediterrânea, e o seu objetivo não é o emagrecimento, mas a prevenção de doenças cardíacas, hipertensão, derrames, e também aumentar a longevidade.

Ao longo de décadas de estudos foram identificados vários alimentos-chave ligados a uma melhor função cerebral e um menor risco de doença de Alzheimer. Cada um desses alimentos é rico em compostos que demonstraram proteger e nutrir o cérebro.

O principal foco desta dieta está no consumo de alimentos possuidores de antioxidantes e substâncias consideradas neuroprotetoras. A dieta é bastante recomendada pelos profissionais da nutrição devido aos seus benefícios para a saúde cerebral.

Os nutrientes presentes nos alimentos recomendados na dieta Mind têm como objetivo melhorar as conexões neurais, a função cerebral e reduzir a oxidação no cérebro.


Os antioxidantes também ajudam a prevenir o envelhecimento celular e garantir uma melhor saúde cognitiva aos pacientes.

É bastante recomendada para pacientes que sofrem da doença de Alzheimer, que sofreram um AVC, ou que têm problemas cognitivos, entre outros casos.

A dieta Mind aconselha ingerir dez grupos de alimentos que estão associados a uma melhor função cerebral e a menor risco de doença de Alzheimer.

Um dos grupos engloba os vegetais de folhas verdes, como couve, espinafre, verduras cozidas e saladas, que devem fazer parte do menu diário, pois são ricas em ácido fólico, uma vitamina do complexo B.

Além dos vegetais de folhas verdes, deve-se tentar comer outro vegetal pelo menos uma vez por dia. Deve dar-se preferência aos vegetais sem amido porque eles têm muitos nutrientes e são baixos em calorias, como, por exemplo, abóbora, tomate, cenoura, beterraba, berinjela, entre outros.

Em pelo menos quatro refeições por semana deve-se consumir leguminosas, como feijões, lentilhas e soja.

As frutas vermelhas, pelo menos duas vezes por semana, também fazem parte do menu, por exemplo, morangos, mirtilos, framboesas e amoras.

A não esquecer também as oleaginosas: cinco porções ou mais por semana. Amêndoas, nozes e castanhas podem ser usadas como lanches na maioria dos dias.

O peixe e a carne também são importantes. O peixe deve ser consumido pelo menos uma vez por semana. Deve dar-se preferência a peixes gordos como salmão, sardinha, truta, atum e cavala devido às elevadas quantidades de ácidos gordos ómega-3.

Quanto à carne, deve optar-se pela carne de aves, ou seja, frango ou peru, pelo menos duas vezes por semana.

Rico em ómega 9, um ácido gordo monoinsaturado, o azeite deve ser usado na preparação dos alimentos e para substituir a manteiga e a margarina.

O vinho tinto é rico em antocianinas e na substância resveratrol, um polifenol que evita formação de placas gordurosas nas artérias, além de reduzir o risco de alguns tipos de cancro e ter potencial neuroprotetor. O recomendado é o consumo de uma taça (200ml) por dia, mas não é obrigatório.

Devem ficar de fora ou ser evitados 5 alimentos com alto teor de gorduras saturadas, pois elas estão relacionadas com o declínio cognitivo. São eles:

As manteigas e margarinas – o recomendado é até uma colher de sopa por dia;

Os fritos e fast-food – este tipo de alimentos não é recomendado em dieta alguma. Além de aumentar o número de calorias da dieta, a reutilização do óleo dos fritos leva à sua oxidação, o que favorece o aparecimento precoce de doenças neurodegenerativas. Fast-foods possuem imensas calorias, gorduras trans e saturadas;

Queijos – têm gordura saturada. O seu consumo deve ser limitado, principalmente os queijos gordos. No máximo uma vez por semana;

Produtos processados, ultraprocessados e doces – são ricos em calorias, gorduras trans e saturadas. O processamento do alimento retira nutrientes como as fibras e acrescenta aditivos químicos que são prejudiciais à saúde. Os doces usam muito açúcar e gordura saturada (manteiga e margarina) na sua preparação;

Carne vermelha – é rica em gordura saturada e quando ingerida em excesso pode aumentar o risco de ter doenças neurodegenerativas e cardiovasculares. A carne vermelha deve ser ingerida, no máximo, duas vezes por semana.

Não há dúvida de que a dieta Mind é saudável e pode beneficiar imenso a saúde, ao prevenir doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e cancro, além de reduzir a pressão arterial e melhorar a saúde digestiva.

Esta dieta mostrou ainda reduzir a inflamação, um conhecido fator desencadeante do envelhecimento prematuro e da doença.

Apostar nesta metodologia será muito mais interessante do que fazer uma alimentação rica em açúcares, fritos e alimentos ultraprocessados. De qualquer forma, não deixe de consultar um nutricionista antes de lhe dar início!

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