Uma dieta rica em gordura pode ser prejudicial para a saúde, mas para as futuras mães, pode fazer toda a diferença quando se trata de prevenção da doença de Alzheimer para os seus filhos.

Um estudo publicado na revista Molecular Psychiatry mostrou que o alto consumo de gordura por parte das mães durante a gestação pode proteger a prole de mudanças cerebrais caraterísticas da doença de Alzheimer.

Investigadores da Universidade de Temple, nos Estados Unidos, analisaram a ingestão de gordura materna especificamente durante o período de gestação em ratos modificados para desenvolver a doença de Alzheimer; ratos fêmeas que estavam prenhes foram alimentadas com uma dieta rica em gordura desde o início até o final da gestação.

No momento em que nasceram os filhos, as progenitoras mudaram para uma dieta regular, que foi mantida durante o período de lactação. Os descendentes dessas fêmeas foram mantidos na mesma dieta regular durante toda a vida.

Aos 11 meses de idade, os filhos foram submetidos a testes comportamentais para avaliar a capacidade de aprendizagem e memória e os cientistas descobriram que os animais de fêmeas alimentadas com uma dieta rica em gordura durante a gestação tiveram melhor aprendizagem e habilidades de memória do que as suas contrapartes nascidas de progenitoras alimentadas com uma dieta regular durante a gestação.

As melhorias observadas na memória e aprendizagem foram associadas à manutenção de uma boa integridade sináptica.

De facto, filhos de fêmeas expostas a uma dieta rica em gorduras tiveram melhorias significativas na função das sinapses quando comparadas com filhos de progenitoras em dieta regular, concluíram os autores.