Excesso de gordura abdominal, especialmente do tipo visceral, tem sido associado a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e alguns tipos de cancro. Infelizmente, a importante tarefa de perder peso e melhorar a saúde pode ser uma meta difícil de alcançar.

Uma investigadora e nutricionista da Universidade Estadual da Califórnia, nos Estados Unidos, destacou a falta de evidências de alta qualidade que confirmem os benefícios da queima de gordura da barriga alegadamente proporcionados por dietas como jejum intermitente, dietas ricas em proteínas e dieta Paleo.

Contudo, existem alguns hábitos alimentares que podem ajudar a reduzir esse tipo de gordura. Pesquisas recentes mostraram que a redução da ingestão de gorduras trans e saturadas, ao mesmo tempo em que se aumenta o consumo de fibras, está associado a uma menor gordura acumulada no estômago.

“Assim, um grande começo para prevenir e reduzir a obesidade abdominal é seguir uma dieta com foco no consumo de alimentos ricos em fibras, como legumes, frutas e grãos integrais e que limite a ingestão de alimentos ricos em gorduras trans e saturadas, como carnes gordas, assadas e alimentos altamente processados”, disse a nutricionista.

“Essas recomendações são consistentes com dietas saudáveis para o coração, como a dieta criada para combater a hipertensão (DASH) e a dieta mediterrânica”, continuou.

Além de frutas, legumes e grãos integrais, a dieta DASH também recomenda o consumo de laticínios com pouca gordura, carnes magras e gorduras saudáveis para o coração. Já a dieta mediterrânica é rica em peixe e marisco, com uma quantidade moderada de azeite, carne de aves, ovos, queijo, iogurte e vinho tinto.

A nutricionista afirma ainda que as opções alimentares baseadas em evidências são a melhor aposta e conversar com um nutricionista tem grandes benefícios na prevenção de “deficiências não intencionais de nutrientes e toxicidades de dietas mal projetadas ou inclusão de suplementos especiais” não indicados ou desnecessários.