Um novo estudo, que comparou a variação de ADN em mais de 240 mil pessoas de todo o mundo, identificou mais de 500 genes associados à inteligência.

No total, os investigadores identificaram 538 genes que desempenham um papel na capacidade intelectual; para além disso, foram também identificadas 187 regiões no genoma humano que estão ligadas a habilidades de pensamento.

A pesquisa foi realizada pelas universidades de Edimburgo e Southampton, no Reino Unido, e pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Os genes que foram associados à inteligência também pareceram influenciar outros processos biológicos e alguns deles também estão associados ao prolongamento da vida, descobriram os cientistas.

Os especialistas também descobriram que os genes associados aos poderes de resolução de problemas estavam ligados ao processo pelo qual os neurónios transportam sinais de um lugar para outro no cérebro.
 
Através destas descobertas genéticas, os investigadores conseguiram prever sete por cento das diferenças de inteligência num grupo independente de indivíduos usando o seu ADN.

"O nosso estudo identificou um grande número de genes ligados à inteligência. Mais importante, também fomos capazes de identificar alguns dos processos biológicos em que a variação genética parece ter influência na produção de tais diferenças na inteligência”, disseram os investigadores, que conseguiram ainda prever a inteligência de um grupo usando apenas o ADN dos participantes.

O estudo foi publicado na revista Molecular Psychiatry.