Os numerosos séculos de domesticação deram ao cão o privilégio de ser o mais cuidado dos animais domesticados pelo homem. Isto significa que pode desfrutar de bons pratos de comida, e também partilhar dos maus hábitos e manias da civilização, e assim, tal como aos seres humanos a obesidade também aflige os cães.

A doença é frequentemente tratada com uma combinação de restrição calórica e exercício físico, mas até agora as duas estratégias nunca haviam sido comparadas.

Um estudo realizado recentemente pelo Professor Alex German, da Universidade de Liverpool, comparou os dois tratamentos habitualmente sugeridos tendo concluído que a restrição calórica é mais eficaz do que o exercício físico no tratamento do cão obeso.

Para chegar a esta conclusão, os investigadores contaram com uma amostra de 13 cães com excesso de peso que foram distribuídos por dois grupos, cada um com um plano de tratamento diferente – restrição calórica na alimentação ou atividade física.

Cada animal transportou uma coleira para monitorizar as suas actividades uma semana antes de iniciar o estudo e durante a semana sete das oito de duração do estudo.

Os animais do primeiro grupo foram submetidos a uma dieta terapêutica para perda de peso; e os animais do segundo grupo tiveram que aumentar a sua atividade física em pelo menos um terço do habitual.

Um dos resultados da experiência foi uma mudança no peso, mas verificaram-se igualmente diminuições nas medidas da circunferência do pescoço, tórax e abdominal dos animais.

Não se registaram, contudo, alterações nos níveis de atividade física dos animais submetidos a restrição calórica, mas a atividade física aumentou de forma significativa no outro grupo.

Por esta razão os autores do estudo acreditam que a restrição calórica é uma estratégia mais eficaz do que a atividade física para uma perda de peso controlada em cães com excesso de peso. Defendem, no entanto, que são necessários mais estudos para analisar os benefícios do exercício físico na saúde de cães obesos.