Osteossarcoma (OSA) é o tumor ósseo primário mais observado em cães. Desenvolve-se principalmente em ossos longos (75 por cento), sendo conhecido como osteossarcoma apendicular.

Só nos EUA são diagnosticados mais de dez mil casos por ano.

Este tipo de tumor também afeta os humanos, sendo mais comum em crianças e adolescentes, mas os números são menores, ascendendo a 800-900 casos anuais.

Uma equipa de cientistas da Universidade do Missouri (MU), está a estudar, em parceria com a empresa de biotecnologia médica ELIAS Animal Health, uma nova imunoterapêutica para este tipo de tumor.

Os primeiros resultados da investigação foram apresentados em outubro de 2018, durante a conferência anual da Veterinary Cancer Society, onde os cientistas revelaram que conseguiram criar uma vacina, a partir do tumor de um animal, que tem a capacidade de potenciar o poder do sistema imunitário do cão para que este elimine o cancro.

Na primeira fase do estudo participaram quinze cães com osteossarcoma, que completaram uma ronda com a vacina e com outros protocolos terapêuticos habituais.

Os resultados permitiram apurar que os animais tiveram tempos de sobrevivência superiores, com uma média de 415 dias de remissão, mais dias do que os pacientes que são submetidos a amputação ou quimioterapia, que registam um tempo médio de sobrevivência que varia entre os 8 e os 12 meses.

Além disso, de acordo com os cientistas, cerca de metade dos cães que receberam todas as variantes terapêuticas ainda estão vivos, sem a doença, cerca de ano e meio depois do tratamento.

Jeffrey M. Bryan, professor de Oncologia e um dos cientistas envolvido no desenvolvimento da nova terapia, sublinha que, além de terem descoberto que o tratamento é seguro e bem tolerado pelos pacientes, acreditam que é a primeira vez que os cães com osteossarcoma experimentaram tempos de sobrevivência tão prolongados sem receberem quimioterapia num ensaio clínico.

Para já, o tratamento está apenas disponível através da ELIAS Animal Health.