Uma nova pesquisa mostrou de que forma a vitamina D pode ajudar a proteger o tecido cardíaco e prevenir a insuficiência cardíaca após um ataque cardíaco, oferecendo uma ajuda de baixo custo aos tratamentos existentes para a doença.

Uma equipa do Instituto de Pesquisa Westmead, na Austrália, descobriu que a vitamina D previne a cicatrização excessiva e o espessamento do tecido cardíaco após um ataque cardíaco, o que pode ajudar a reduzir o risco de insuficiência cardíaca.

Os investigadores usaram cobaias para investigar o impacto de 1,25D, uma forma de vitamina D que interage com hormonas, nas células que formam tecido cicatricial após um ataque cardíaco. Essas células são chamadas de fibroblastos da unidade formadora de colónias cardíacas (UFC).

“A vitamina D é conhecida por ajudar a proteger contra a insuficiência cardíaca, mas a sua interação com UFC não estava bem estabelecida. "Os benefícios da vitamina D estão cada vez mais a ser conhecidos, mas ainda não entendemos completamente como é que eles podem, mecanicamente, ajudar na gestão de doenças cardíacas”, disseram os especialistas.

Os ataques cardíacos ocorrem quando o fornecimento de sangue para o coração está bloqueado, o que causa danos nos tecidos e desencadeia uma resposta inflamatória onde os UFC substituem o tecido danificado com tecido cicatricial à base de colagénio.

A pesquisa mostrou que a vitamina D realmente impede os UFC de formarem tecido cicatricial. Ao bloqueá-los, a vitamina D pode desempenhar um papel importante na redução do risco de insuficiência cardíaca após um ataque cardíaco.

Este estudo foi o primeiro a demonstrar o papel do 1,25D na regulação das células progenitoras cardíacas.