Apesar do alto risco de infeção, mais de um terço dos pacientes com VIH nos Estados Unidos não conseguem ser vacinados contra a hepatite B. Os resultados da investigação foram publicados na Annals of Internal Medicine.

As pessoas com VIH têm um maior risco de infeção pelo vírus da hepatite B e recomenda-se a vacinação. No entanto, as mortes relacionadas com problemas no fígado entre os pacientes com VIH, nas quais a hepatite B desempenha um papel central, representam a maior proporção de óbitos não relacionados com a doença.

Em 2016, a Organização Mundial de Saúde (OMS) resolveu eliminar a infeção por hepatite B como uma ameaça à saúde pública até 2030.

Para estimar a prevalência da vacinação contra a hepatite B entre os pacientes com VIH e estabelecer uma referência para a iniciativa da OMS, os investigadores analisaram uma amostra nacionalmente representativa de 18 089 adultos que receberam atendimento médico contra o VIH e que participaram num projeto de monitorização médica entre 2009 e 2012.

Os investigadores descobriram que mais de um terço dos pacientes com VIH nos Estados Unidos não foram vacinados para a hepatite B. Além disso, apenas um em cada dez desses candidatos foi vacinado no decorrer de um ano de cuidados contra o VIH em curso.

De acordo com os especialistas, o cumprimento das metas para a eliminação da hepatite B exigirá uma abordagem multifacetada para aumentar a vacinação de pacientes com VIH; uma atenção especial deve ser focada no aumento da vacinação de pacientes que recebem cuidados em clínicas privadas e em instalações não financiadas pelo governo, sublinharam os autores.