Cientistas da Universidade de Waterloo, no Canadá, desenvolveram uma nova ferramenta para proteger as mulheres da infeção pelo VIH/SIDA.

A ferramenta, um implante vaginal, diminui o número de células que o vírus pode atingir no trato genital da mulher. Ao contrário dos métodos convencionais de prevenção, como preservativos, o implante aproveita a imunidade natural de algumas pessoas contra o vírus.

O VIH/SIDA infeta o organismo ao afetar as células T que são mobilizadas pelo sistema imunológico quando o vírus entra no corpo de uma pessoa. Quando as células T permanecem em repouso e não tentam combater o vírus, não são infetadas e o vírus não é transmitido entre as pessoas. Quando as células T permanecem em repouso, ocorre a chamada quiescência imune.

"Sabemos que alguns medicamentos tomados por via oral nunca chegam ao trato vaginal, por isso este implante pode fornecer uma maneira mais fiável de estimular as células T a não responderem à infeção, prevenindo a transmissão de forma mais confiável e barata", disseram os especialistas.

"O que ainda não sabemos é se isso pode ser uma opção autónoma para prevenir a transmissão do VIH, ou se pode ser melhor usado em conjunto com outras estratégias de prevenção. O nosso objetivo é responder a essas perguntas com pesquisas futuras", continuaram.

Ao entregar a medicação exatamente onde é necessário, os investigadores esperam aumentar a probabilidade de induzir a quiescência imune.

O implante é composto por um tubo oco e dois “braços” flexíveis que o mantém no lugar certo. Contém hidroxicloroquina (HCQ), que é disseminada lentamente através do material poroso do tubo e absorvida pelas paredes do canal vaginal.

O estudo foi publicado no Journal of Controlled Release.