Cientistas da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, desenvolveram um método de controlar a forma de moléculas de polímero para que estas se transformem em nanopartículas não esféricas, um avanço que pode melhorar a entrega de fármacos antitumorais.

Este avanço “significa que podemos prever facilmente polímeros inteligentes que mudam a sua forma de acordo com as diferentes condições em torno deles para formarem pequenas estruturas elipsoidais ou tubulares que podem encapsular medicamentos”, disseram os investigadores.  

Através deste estudo, publicado na Nature Communications, os cientistas acreditam terem encontrado “provas preliminares de que as nanopartículas plásticas mais naturais entram nas células tumorais com mais facilidade do que as esféricas".

Os cientistas trabalharam com moléculas de polímero que contêm uma porção solúvel em água e uma porção não solúvel em água, e que se auto-agregam em estruturas redondas e vazias, conhecidas como polímeros, em solução.

Os polímeros estão a começar a emergir como ferramentas poderosas para a administração de fármacos em partes especificas do corpo; no entanto, o seu potencial tem sido afetado pela dificuldade de controlar a sua forma.

Este novo design químico foi conseguido pela adição de um grupo de polímero de perileno não hidrossolúvel à membrana do polímero; os investigadores utilizaram a microscopia eletrónica de transmissão criogénica para determinar de que forma as moléculas de polímero eram embaladas juntas em solução.