Médicos mexicanos reutilizaram, com segurança, pacemakers doados; a notícia surgiu durante o 30.º Congresso Mexicano de Cardiologia. As descobertas criam a possibilidade de pacientes, que de outra forma não teriam acesso ao equipamento, receberem um pacemaker.

O estudo incluiu 33 pacientes que não podiam pagar um novo equipamento ou uma mudança de bateria. Os pacientes receberam um dispositivo reutilizado no Hospital Geral do México, entre 2011 a 2017. Os dispositivos foram doados por parentes de pacientes falecidos e tinham um mínimo de seis anos de vida útil da bateria.

Depois de confirmarem que os pacemakers estavam a funcionar corretamente, os investigadores lavaram e esterilizaram os dispositivos. Os pacientes tinham, em média, 72 anos, e 52 por cento eram do sexo feminino.

Dos 33 pacientes, 25 receberam um pacemaker reutilizado; oito pacientes já tinham um, pelo que receberam uma bateria reutilizada; durante o procedimento do implante, houve um hematoma que se resolveu sem mais complicações, mas, de resto, não existiram complicações durante o período de seguimento de seis meses.

Apesar das limitações, os investigadores acreditam que este estudo destaca uma maneira prática de dar acesso a tratamentos que salvam vidas a ainda mais pacientes.