Para os consumidores de bebida alcoólica, o limite para o menor risco de mortalidade por todas as causas é de cerca de 100g/semana, de acordo com uma revisão publicada na revista The Lancet.

Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, realizaram uma análise combinada com base em informações sobre participantes individuais de três fontes de dados de larga escala em 19 países com elevado rendimento.

Associações dose-resposta e razões de risco calculadas foram relacionadas com a ingestão de 100g de álcool por semana em 83 estudos prospetivos.

Durante 5,4 milhões de pessoas-anos de acompanhamento, os pesquisadores identificaram 40 310 mortes e 39 018 ocorrências de doenças cardiovasculares nos 599 912 consumidores atuais incluídos na análise.

Foi registada uma associação positiva para mortalidade por todas as causas com o nível de consumo de álcool; o risco mínimo de mortalidade foi observado para um consumo à volta ou abaixo de 100g por semana.

Houve uma associação aproximadamente linear entre o consumo de álcool e um maior risco de acidente vascular cerebral (AVC), doença coronária, excluindo enfarte do miocárdio, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial fatal e aneurisma da aorta fatal.

Curiosamente, o aumento do consumo de álcool foi linearmente associado à redução do risco de enfarte do miocárdio.

De acordo com os autores do estudo, estes dados suportam limites para o consumo de álcool que são mais baixos do que aqueles recomendados na maioria das diretrizes atuais.