Hospital de São João do Porto realiza cirurgia "Inédita"

Hospital de São João do Porto realiza cirurgia "Inédita"

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

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Uma equipa de profissionais do Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva do Centro Hospitalar São João, do Porto, realizou “com sucesso” um tratamento cirúrgico minimamente invasivo (endoscópio) de enxaqueca, que é “inédito em Portugal”.

A intervenção em causa é realizada por meio de técnica endoscópica na região frontal e é dirigida aos chamados ‘trigger points’, isto é, pontos desencadeantes das crises dolorosas.

Segundo explicou António Costa Ferreira, cirurgião responsável pela operação, esta intervenção “está indicada em doentes que não respondem aos vários tratamentos com medicamentos ou nas situações em que os efeitos adversos desses medicamentos são tão significativos que impedem a sua utilização”.

A técnica consiste em “seccionar os músculos situados na região frontal do crânio (corrugador e procerus), e libertar os nervos adjacentes, nomeadamente o nervo supraorbitário e supratroclear (situados na parte superior do olho), com técnica endoscópica. A estimulação desses nervos era o fator desencadeante das cefaleias”.

“A cirurgia é realizada através de três pequenas incisões (15 milímetros) localizadas no couro cabeludo, com anestesia geral e obriga ao internamento de apenas um dia (one day surgery)”, indicou o cirurgião.

De acordo com o especialista, esta nova “arma terapêutica é promissora e pode ser aplicável num número elevado de doentes com significativa melhoria da qualidade de vida. Está descrito, na escassa literatura já disponível, que mais de 80 por cento dos doentes operados ficaram curados ou descrevem uma melhoria em termos de redução da frequência de crises ou da intensidade dos sintomas”.

A utente submetida a esta técnica afirmou que “há 25 anos que não estava dois meses sem tomar analgésicos e sem cefaleias”, sublinhando que esta intervenção “mudou” a sua vida.

De acordo com os dados disponibilizados, a enxaqueca atinge cerca de 12 por cento da população mundial, com uma incidência maior na quarta década de vida e mais frequentemente nas mulheres. Estima-se que a prevalência das cefaleias ao longo da vida seja entre 11 e 32 por cento em vários países, sendo consideradas a 19.ª doença mais debilitante a nível mundial.

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
09 de Abril de 2024

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