Um estudo publicado no Journal of Cognitive Psychology revela que os fumadores acreditam que as consequências adversas tanto leves como graves do tabagismo para a sua saúde levarão mais tempo para se desenvolver do que na realidade levam, quando comparado com os não fumadores.

Uma equipa de cientistas da Itália e do Reino Unido avaliou a perceção de risco de jovens fumadores versus não fumantes usando uma estimativa de tempo-tarefa. Os participantes foram convidados a estimar o tempo de início das condições relacionadas com o tabagismo num jovem fumador médio.

Os dados apurados mostraram que, em comparação com os não fumadores, os fumadores adiaram a previsão de aparecimento de condições adversas tanto leves como graves relacionadas com o tabagismo.

Tanto para fumadores quanto para não fumadores, as estimativas do tempo de início relativo a condições leves foram associadas à autoperceção do risco e do medo do desenvolvimento de condições relacionadas com o tabagismo.

As consequências adversas do tabagismo para a saúde estão bem documentadas, mas o que se descobriu é que os fumadores percebem tais riscos como estando mais distantes no futuro, em comparação com aqueles que não fumam, afirmaram os autores.

Essa perceção distorcida é “incrivelmente perigosa” para aqueles que fumam e pode levar as pessoas a retardar a interrupção do tabagismo ou de condições relacionadas com o tabagismo, aumentando o risco de desenvolver uma doença grave, alertaram ainda.