De acordo com um novo estudo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, as fibras alimentares podem ser benéficas para retardar o envelhecimento.

A fibra dietética promove o crescimento de bactérias benéficas ao intestino; quando essas bactérias digerem fibras, produzem ácidos graxos de cadeia curta, incluindo o butirato, como subprodutos.

Estes ácidos demonstraram ter propriedades anti-inflamatórias na microglia e serviram para melhorar a memória em ratos quando administrados farmacologicamente.

O novo estudo revelou que, em ratos velhos, o butirato inibiu a produção de substâncias químicas nocivas pela microglia inflamada. Uma dessas substâncias químicas é a interleucina-1β, que tem sido associada à doença de Alzheimer em humanos.

Uma dieta rica em fibras elevou os níveis de butirato, e de outros ácidos graxos, no sangue, tanto em ratos jovens como em ratos idosos. Mas apenas os ratos idosos desenvolveram uma inflamação intestinal durante uma dieta pobre em fibras, explicaram os cientistas.

Por outro lado, quando ratos velhos consumiram a dieta rica em fibras, a inflamação intestinal reduziu drasticamente, não existindo diferenças entre os grupos etários.

Os investigadores também examinaram cerca de 50 genes únicos na microglia e descobriram que uma dieta rica em fibras reduz o perfil inflamatório em animais idosos.

Não foram examinados os efeitos das dietas sobre a cognição e o comportamento.