A Estimulação Magnética Transcraniana Profunda (dTMS, na sigla em inglês) pode ser eficaz no tratamento do comportamento obsessivo-compulsivo, revela um estudo internacional apresentado no congresso do European College of Neuropsychopharmacology, em Copenhaga, na Dinamarca.

A dTMS consiste em estimulações por campos magnéticos gerados no escalpe. É já usado em tratamentos para casos difíceis de depressão.

O estudo contou com a participação de 99 pacientes com obsessão obsessiva compulsiva. Uns receberam o tratamento com dTMS, outros receberam um tratamento placebo. Todos tinham já tentado tratamentos antidepressivos, mas sem sucesso.

Lior Carmi, líder do estudo, explica que cinco minutos antes dos tratamentos os pacientes eram “provocados”, sendo sujeitos às situações que lhes despoletavam as obsessões. O objetivo era conhecer os sintomas de cada um e direcionar o tratamento enquanto o cérebro está ativo devido à obsessão.

Os pacientes receberam uma dose diária do tratamento direcionado para as áreas do cérebro relacionadas com a obsessão, durante seis semanas.

No fim, 38 por cento responderam ao tratamento, com uma redução média de mais de 30 por cento da severidade dos sintomas, contra apenas 11 por cento do grupo de placebo.

Um mês depois de terem terminado os tratamentos, o grupo de tratamento ativo teve uma taxa de resposta de 45,2 por cento contra 17,8 por cento do grupo de controlo. Um terço de todos os participantes relataram fortes dores de cabeça, mas só dois desistiram.

De acordo com os autores do estudo, os dados apurados mostram que o tratamento funciona e pode ser uma boa alternativa para quem sofre deste distúrbio e não responde à medicação convencional.