Segundo um novo estudo realizado pela Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, a dieta mediterrânica pode influenciar a associação entre a exposição à poluição do ar a longo prazo e os efeitos na saúde.

O estudo cobriu um período de 17 anos durante o qual foram acompanhadas 548 699 pessoas. Os participantes, que tinham uma idade média de 62 anos, eram provenientes de seis estados norte-americanos: Califórnia, Flórida, Louisiana, Nova Jersey, Carolina do Norte e Pensilvânia.

Durante o período de estudo de 17 anos, 126 835 participantes do grupo de estudo morreram.

Os investigadores dividiram os voluntários em cinco grupos, dependendo do nível de adesão à dieta; os participantes foram associados a estimativas de exposição a longo prazo a partículas finas (PM2,5), óxido nitroso (NO2) e ozono (O3).

Os especialistas compararam os participantes que eram menos e mais aderentes a uma dieta mediterrânica e descobriram que as mortes por todas as causas aumentaram em cinco por cento para cada aumento de dez partes por mil milhões na exposição média a longo prazo de NO2 naqueles menos aderentes, em comparação com apenas dois por cento nos mais aderentes.

As mortes por doenças cardiovasculares aumentaram em 17 por cento para cada aumento de dez microgramas por metro cúbico (mcg/m3) na exposição média a longo prazo de PM2,5 nos menos aderentes, em comparação com apenas cinco por cento nos mais aderentes.

As mortes por doenças cardiovasculares aumentaram dez por cento para cada aumento de dez ppb na exposição ao NO2 nos menos aderentes, comparados com apenas dois por cento nos mais aderentes.

Os cientistas também observaram que seguir uma dieta mediterrânica não parece prevenir os efeitos negativos da exposição a longo prazo ao O3.