As mulheres grávidas podem limitar com segurança o seu aumento de peso através de intervenções de dieta e da prática de exercícios físicos, de acordo com um estudo feito pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH).

Muitas mulheres com sobrepeso e obesas ganham peso em excesso durante a gravidez, elevando ainda mais o risco, já aumentado, de complicações sérias de saúde para si e para os seus bebés, como obesidade infantil ou diabetes.

“Este é um estudo importante porque afirma que as mulheres podem mudar comportamentos para controlar a quantidade de peso ganho na gravidez”, disseram os autores do estudo.

No entanto, pouca perda de peso não resultou em menos complicações obstétricas, incluindo cesarianas, diabetes, hipertensão e pré-eclâmpsia, ou a alteração do peso médio do bebé ao nascer.

Pode ser porque “no momento em que essas mulheres já estão no segundo trimestre, pode já ser tarde para alterar o peso de modo a ter resultados significativos. Para diminuir o risco de complicações obstétricas, as grávidas podem ter que começar a mudar o seu estilo de vida antes ou imediatamente após a conceção”, observaram os cientistas.

Para o estudo, publicado na revista Obesity, a equipa recrutou 1 150 participantes (579 mulheres fizeram uma intervenção no estilo de vida e 571 receberam o tratamento padrão), que foram analisados desde o segundo trimestre de gravidez até o nascimento dos bebés.

Cada ensaio oferecia uma intervenção variada no estilo de vida, mas todos tinham como objetivo melhorar a qualidade da dieta e reduzir as calorias, aumentar a atividade física e incorporar estratégias comportamentais.

Mulheres com sobrepeso e obesas são um grupo crítico a ser atingido, pois apresentam taxas mais altas de ganho excessivo de peso na gravidez e mantêm o excesso de peso no pós-parto, para além de serem mais propensas a ter filhos obesos.