Um artigo publicado na revista Nature Communications revela que uma equipa de investigadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, conseguiu desenvolver células musculares a partir de células estaminais do sangue e da pele.

Os cientistas recorreram a uma nova técnica que permite cultivar mais células de cada vez e investigar doenças raras.

Durante o estudo, a equipa usou células estaminais tiradas de tecidos não musculares de adultos, como da pele e do sangue, e reprogramaram-nas para voltarem ao seu estado primordial.

As células foram posteriormente “bombardeadas” com uma molécula chamada Pax7, que lhes dá instruções para começarem a transformar-se em tecido muscular.

Após duas a três semanas de cultura, as células musculares criadas contraem-se e reagem a estímulos externos, como impulsos elétricos e sinais bioquímicos que simulam os estímulos enviados do cérebro aos músculos.

Apesar de o músculo criado ser mais fraco que o tecido muscular original, os cientistas acreditam que tem potencial para uso clínico.

Os investigares também implantaram as novas células em ratos adultos e estas sobreviveram e integraram-se no tecido muscular dos animais.

A técnica pode ajudar no desenvolvimento de novas terapias para doenças raras e tem também potencial para ser combinada com terapia genética, cultivando tecido muscular saudável para substituir algum que esteja afetado por doenças.