COVID-19: SINAIS DE UMA TERCEIRA VAGA?

COVID-19: SINAIS DE UMA TERCEIRA VAGA?

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

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Segundo os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), desde meados de fevereiro de 2021 que os casos de infeção por COVID-19 a nível global têm vindo a agravar-se, após uma sequência de sete semanas em queda, enquanto que as fatalidades no mesmo período de tempo têm vindo a diminuir, em resultado das campanhas de vacinação que já atingiram cerca de 364 milhões de pessoas em todo o planeta.

As regiões mais severamente atingidas continuam a ser o continente americano, europa e o mediterrâneo oriental, onde se tem registado um novo aumento de casos em alguns países, que por isso foram obrigados a reverter medidas de desconfinamento implementadas e a manter o encerramento de fronteiras, receando-se já o surgimento de uma nova vaga de contágios.

A humanidade mantém o seu foco na eficácia das vacinas, nas quais deposita toda a esperança, mas nem tudo tem corrido como esperado e sobretudo como anunciado. Dificuldades de vária ordem, desde a capacidade de produção à distribuição e aos problemas inerentes à urgência em encontrar uma solução, como a testagem e comprovação de efeitos colaterais em alguns lotes já aprovados pelas Entidades Reguladoras, acrescidas da desinformação promovida pelos movimentos antivacina disseminada pelas redes sociais, têm contribuído para criar algum sentimento de desconfiança entre as populações, que urge ultrapassar.

Cerca de três meses após o início das campanhas de vacinação da COVID-19, começam a ser reportadas as primeiras reações adversas a alguns lotes de vacinas aprovadas, sinalizando efeitos não detetados durante a realização dos ensaios clínicos. É comum que ao longo do tempo de utilização de determinado medicamento colocado no mercado, após a aprovação pelas Entidades Reguladoras, possam surgir ocorrências médicas nefastas que podem não ser necessariamente causadas por esse medicamento, mas que obrigam a ajustamentos nas recomendações de utilização ao longo do tempo.

Dados atualizados do sistema europeu de farmacovigilância, EudraVigilance, revelam que desde o início da vacinação da COVID-19 foram reportados cerca de 162 mil casos de reações adversas após a toma da vacina, de entre um total de mais de 50 milhões administradas no espaço da União Europeia (UE), incluindo todas as marcas, um número quase insignificante face ao volume administrado e principalmente face aos benefícios obtidos. A título de exemplo, em 2020 na UE foram notificados 1,4 milhões de casos de reações adversas em medicamentos comuns, na sua maioria sem significado clínico relevante.

Portugal parece contrariar a tendência de agravamento da situação pandémica na União Europeia (EU). Com o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 atualmente mais baixo da União Europeia (EU), com um valor médio estimado de 0,84 nas últimas duas semanas, e com uma incidência de 90,3 casos de infeção por 100 mil habitantes, alguns especialistas referem que uma vez que a tendência tem vindo a desacelerar de forma consistente nas últimas semanas, estão reunidas as condições para proceder à reabertura gradual e faseada do País.

Aquando da apresentação do último plano de confinamento, foi anunciado pelo primeiro-ministro que as medidas da reabertura seriam revistas sempre que o País ultrapassasse “120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias” ou sempre que o Rt ultrapassasse o valor de 1.

Enquanto isso, por proposta do Presidente da República, foi aprovada pela Assembleia da República (AR) a prorrogação do atual estado de emergência até 31 de março, não se prevendo por isso alterações significativas ao status quo até essa data, senão através de pontuais ajustamentos, a começar pelas creches, educação pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico, por forma a evitar a repetição das ocorrências de má memória do passado mês de janeiro.

O plano de testagem à COVID-19 e a vacinação nas escolas públicas e privadas, iniciado em finais de janeiro, está a ser aplicado de forma regular e continuada, de modo a criar condições para que sejam retomadas as aulas presenciais, de forma progressiva, em função dos programas de rastreio a aplicar a todos os intervenientes, professores, funcionários e técnicos e que se prevê estejam concluídos até ao final de abril.

A COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, foi declarada pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a 11 de março de 2020. Apesar dos esforços científicos e financeiros sem precedentes mobilizados a nível global para criar, com êxito, uma vacina eficaz que a neutralizasse, parece que apesar de tudo, ainda há dúvidas sobre se o vírus não terá a capacidade para driblar a ciência e se transmutar em novas variantes, como tem vindo a acontecer desde o seu aparecimento.

Impulsionadas pelas restrições aplicadas na maioria dos países afetados e pelas campanhas de vacinação, têm-se vindo a registar algumas melhorias na situação global, mas apesar disso voltou a registar-se nas últimas duas semanas, pela primeira vez após uma sequência de resultados favoráveis, nova subida de novos casos de infeção na europa, américas e mediterrâneo oriental.

Segundo os dados mais recentes do Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), a transmissão do vírus na UE ainda é generalizada, embora a maioria dos países experimente taxas estáveis ou decrescentes de casos, porém com números absolutos elevados, em particular entre os grupos de idade mais avançada, bem como taxas de mortalidade crescente em vários países.

Portugal situa-se atualmente entre os países da UE com menores taxas de notificações de casos de COVID-19 nos últimos 14 dias, por 100 mil habitantes, o que não significa que poderemos abrandar as medidas adotadas e iniciar um novo processo de desconfinamento apressado, como é repetidamente afirmado pela maioria dos especialistas em saúde pública e governantes do nosso país.

Enquanto isso, devido a atrasos na entrega e redução anunciada do número dos lotes de vacinas contratualizados pela União Europeia (UE), em nome dos Países-Membros, para o primeiro trimestre de 2021, foi necessário proceder a ajustes na calendarização programada, muito embora o objetivo de vacinação não esteja comprometido já que a UE, além de ter adquirido mais doses de vacinas que as necessárias para inocular toda a população dos países que a compõem, já está a avaliar a possibilidade de adquirir vacinas de outras origens para além das inicialmente contratualizadas, como é o caso da russa Sputnik-V, que se encontra em revisão continuada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

As autoridades de saúde vão adiantando que a partir do início do segundo trimestre, o País deverá receber o número de lotes de vacinas contratadas suficientes por forma a permitir que o plano de vacinação avance mais rapidamente, abrangendo toda a população. Apesar de algumas contrariedades iniciais, o último relatório de vacinação da Direção-Geral de Saúde (DGS), revela que já foram recebidas em Portugal 1 468 929 doses de vacinas contra a COVID-19 das quais foram distribuídas 1 264 093, tendo sido vacinadas 863 570 pessoas com uma primeira dose e 371 566 com vacinação completa (2 doses), o que equivale respetivamente a 8 e 3 por cento da população que está previsto ser vacinada.

Desde que seja elegível e preencha as especificações clínicas aprovadas para cada vacina na UE, toda a população portuguesa poderá ser vacinada tendo, contudo, sido definidos previamente grupos prioritários considerados mais vulneráveis ao vírus SARS-CoV-2.

Assim, a estratégia de vacinação, suscetível de poder sofrer alterações em função do evoluir do conhecimento científico e de eventuais alterações que venham a ser aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), passa por 3 fases e obedece aos seguintes critérios:

Primeira fase

A partir de dezembro de 2020:

- Profissionais de saúde envolvidos na prestação de cuidados a doentes;

- Profissionais das forças armadas, segurança e serviços críticos;

- Profissionais e residentes em estruturas e residenciais para idosos e instituições similares;

- Profissionais e utentes da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

A partir de fevereiro de 2021:

- Pessoas com idade igual ou superior a 50 anos, com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal (TFGe < 60ml/min), Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.

- Pessoas com 80 ou mais anos de idade.

Segunda fase

A partir de abril de 2021:

- Pessoas de idade igual ou superior a 65 anos (sem vacinação anterior)

- Pessoas entre os 50 e 64 anos de idade, com pelo menos uma das seguintes patologias: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica (TFGe > 60ml/min), insuficiência hepática, hipertensão arterial, obesidade, outras patologias a definir em função do conhecimento científico.

Terceira fase (em data a determinar após conclusão da segunda fase):

- Restante população elegível, que também poderá ser priorizada.

Entretanto, a fim de evitar atropelos, é pedido à população que aguarde a sua vez até ser contactada pelas autoridades de saúde. Para as pessoas incluídas na primeira fase, que tenham mais de 50 anos e doenças associadas ou mais de 80 anos, existe no portal da DGS, um simulador simples de usar onde poderão verificar se o seu nome consta da lista de prioridades.

Apesar das medidas de confinamento adotadas e em vigor até ao dia 31 de março estarem a produzir os resultados esperados e o índice de transmissibilidade (Rt) ser atualmente o mais baixo da UE, sendo notória a redução de novos casos diários e o número de fatalidades é, todavia, necessário andar com cautela, não baixar a guarda face às novas variantes do vírus, que estão a instalar-se em vários países europeus.

A estratégia atual do Ministério da Saúde passa pela testagem massiva dos casos suspeitos, através da utilização alargada de testes laboratoriais a todos os contactos, independentemente dos níveis de risco, com mais testes rápidos de antigénio também já disponíveis em farmácia comunitária, rastreios regulares e testes generalizados em escolas.

Com tendência consistente para regressão drástica dos níveis de contágio e de mortes, o País contabiliza até hoje um total acumulado de 816 055mil pessoas infetadas por COVID-19 e 16 743 mortes, tendo saltado do top do ranking internacional dos piores, que vinha mantendo desde meados de janeiro para o topo dos melhores da tabela, entre os países da UE. Apesar disso, o confinamento geral em vigor dever-se-á manter ainda por tempo indeterminado com renovações sucessivas, como previsto, pelo menos até depois do período da Páscoa.

A nível global, o número de pessoas infetadas já ultrapassa os 122,5 milhões e o número de mortes 2,7 milhões, com o número de casos diários ativos também a crescer em particular na europa, américas e subcontinente asiático, com novas estirpes a serem identificadas e em circulação em vários países, facto para o qual o diretor da OMS Tedros Adhanom tem vindo a alertar nas conferências semanais, recomendando precaução aos governos de todo o mundo.

Negros são os dias que se abateram sobre o planeta. Em Portugal, que já entrou no 13º estado de emergência, mantêm-se as restrições que incluem o encerramento de praticamente todo o comércio não essencial e o “dever de recolhimento obrigatório” para todos os cidadãos, com medidas algo musculadas, mas que têm resultado.

Sequelas da pandemia

Ainda confinados e sem data prevista para dar início à recuperação económica, as medidas de afastamento originam perdas graves no rendimento das empresas e famílias e os apoios financeiros do estado mostram-se insuficientes para compensar as perdas de remuneração imediata e a ameaça de perda de emprego, medidas que são agravadas devido ao afastamento social com custos individuais muito elevados, principalmente quando significam a exclusão do núcleo familiar.

A pandemia por COVID-19 está a provocar importantes desafios às famílias e às sociedades, cujos efeitos já se fazem sentir e que certamente se irão repercutir e agravar no futuro, cuja dimensão ainda estamos longe de descortinar na sua totalidade, mas que já podemos antever face à vivência do nosso dia-a-dia após um ano de confinamento, distanciamento social, isolamento e desconfiança mal disfarçada do nosso semelhante, além dos medos.

Estudos publicados por várias organizações de saúde internacionais, revelam que o impacto da pandemia por COVID-19 na saúde mental e no bem-estar da população em geral e dos profissionais de saúde em particular, devido às restrições e confinamento, são já muito nítidos, revelando sintomas de moderados a graves de ansiedade, depressão, stress pós-traumático e burnout entre outros, mas também resiliência em alguns casos.

No seio das famílias em particular, começa a ser dramático o impacto que a pandemia está a exercer na economia doméstica, com as dificuldades financeiras decorrentes do desemprego e da perda de rendimentos, fatores potenciadores de perturbações nas relações familiares especialmente em ambientes fechados, que os agrava, sendo demolidor para o desenvolvimento das crianças a todos os níveis.

Novos paradigmas

Desde que a OMS declarou o estado de pandemia a 11 de março de 2020, embora se tenham dado passos gigantescos para travar o seu avanço e minimizar os seus efeitos, na realidade a COVID-19 continua entre nós, transmutando-se continuamente, mantendo-se à frente da ciência, sem dar tréguas a investigadores e aos incansáveis profissionais de saúde e cuidadores, por todo o mundo.

Apesar dos programas de vacinação implementados por todo o mundo, com as vacinas disponíveis já aprovadas pelas principais Entidades Reguladoras mundiais, ainda ninguém nos pode dar garantias dos prazos de imunização e sequer indicar as eventuais sequelas a médio e longo prazos.

Jamais na história da humanidade se obtiveram resultados tão rapidamente no desenvolvimento de uma vacina para combater um vírus com as caraterísticas do SARS-CoV-2 e se mobilizaram tantos recursos. O novo vírus precisou somente de alguns meses para infetar milhões de pessoas por todo o mundo. A urgência de uma vacina para imunizar a população, a fim de evitar um maior alastramento das infeções e, acima de tudo, um maior número de mortes, direcionou o foco dos cientistas para um método que ainda está a dar os primeiros passos, mas que se acredita possa vir a ser uma arma útil e eficaz contra a atual e futuras pandemias, além de doenças autoimunes: as vacinas mRNA e reforço do sistema imunitário.

Atualidade na Europa

Embora com algumas exceções, na generalidade dos países europeus, as últimas semanas têm revelado que o vírus se mantém com tendência estável ou decrescente, mas em patamares muito elevados e com crescentes taxas de mortalidade, o que obriga os países afetados a executar algumas políticas de geometria variável e a manter o confinamento e fronteiras encerradas, numa tentativa para travar a propagação do vírus que alguns já referem como sendo a terceira vaga da pandemia.

Segundo o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), que se baseia em dados fornecidos pelos Estados-Membros da UE à base de dados do Sistema Europeu de Vigilância (TESSy), na europa ainda se observa um certo agravamento, com mais de 37 096 755 contágios e 871 515 fatalidades desde o início da pandemia.

Na generalidade dos países europeus o número acumulado de fatalidades por 100 000 habitantes (14 dias), tem vindo a agravar-se na última semana. República Checa (272.12), Eslováquia (244.60), Hungria (207.28), Bulgária (157.38), Estónia (97.82), Polónia (89.91), Luxemburgo (81.46), Letónia (78.11), Itália (74.55), Malta (73.85).

Com raras exceções, a maioria dos países da europa, mantém um número acumulado de infeções por 100 000 habitantes (14 dias), muito elevado. República Checa (1518.33), Estónia (1464.13), Hungria (934.24), Malta (693.40), Chipre (556.75), Suécia (545.88), Polónia (542.06), Eslováquia (531.98), Itália (499.45), Eslovénia (489.30).

Apesar das dificuldades inerentes ao gigantismo da operação, com a entrada no mercado de novas marcas de vacinas no 2o trimestre de 2021 e a normalização nas entregas das atuais, parece haver boas razões para acreditar que com a distribuição massiva das “vacinas salvadoras”, se concretizem as melhores previsões da comunidade científica mundial para travar o avanço da COVID-19 até ao próximo outono/inverno.

Nas últimas 24 horas registaram-se em Portugal 21 óbitos, uma substancial redução relativamente aos números da semana anterior, tendo sido confirmados mais 485 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-Cov-2, o que perfaz um total – desde que a pandemia foi detetada no país em Março último –, de 816 055 infetados, 764 599 recuperados e 16 743 vítimas mortais. Há ainda a registar 34 713 casos ativos da doença, 828 internamentos hospitalares e 187 casos críticos, que estão a ser acompanhados em UCI pelas autoridades de saúde.

Nestes tempos de grande incerteza, com fronteiras externas fechadas pelo menos até ao período da Páscoa de 2021, e as deslocações internas condicionadas entre concelhos, as pessoas que necessitem de se deslocar pelo País são aconselhadas a consultar previamente a “Lista de Concelhos – nível de risco” na internet, onde estão listados todos os Concelhos, com a indicação dos respetivos níveis de risco, a fim de evitar surpresas desagradáveis.

Dada a imprevisibilidade na evolução das várias estirpes da COVID-19, é necessário andar com cuidado, ter paciência e saber esperar, além de manter as demais regras de prevenção como o uso de máscaras, a higienização e a prática de distanciamento, entre outras recomendações da Direção-Geral da Saúde e que o bom senso aconselha, mesmo após a vacinação.

Planeamento e Logística da vacinação

O governo português tem asseguradas as doses de vacinas necessárias para vacinação da população (cerca de 22 milhões de doses), seguindo a estratégia predefinida de vacinação da população, incluindo o início da inoculação de 2ª dose nos grupos prioritários, segundo o plano nacional de vacinação estabelecido, ajustado em função das entregas que forem sendo feitas.

A Direção-Geral da Saúde mantém em funções uma comissão técnica, que “define e ajusta” os critérios em que a vacina contra a COVID-19 é aplicada no País, e uma “task force” que operacionaliza o processo. Os planos de vacinação divulgados nos primeiros dias de dezembro de 2020, estão desde essa data disponíveis para consulta no portal do SNS.

A COVID-19 a nível Global

De acordo com o site worldometers, que aglutina a informação disponibilizada pela OMS e pelos principais Centros de Controle e Prevenção de Doenças em todo o mundo, desde 31 de Dezembro de 2019 até hoje, dia 19 de março de 2021, foram notificados em todo o mundo 122 505 945 casos de doença, incluindo 2 705 461 mortes e 98 753 937 recuperados, números que se mantêm em crescimento, em particular a nível das fatalidades e mais recentemente também a nível dos contágios, o que pode prenunciar uma terceira vaga da pandemia.

Na generalidade dos países europeus a situação mantém-se preocupante, com um nível elevado de contaminações, e o continente americano continua a ser o mais fustigado pela pandemia, com o número de infetados a ultrapassar 54 608 825, seguido da europa, com um total 37 096 755 infetados, seguidos da ásia com 26 638 416 casos reportados e de África também com um pequeno aumento para 4 107 897 pessoas. A Oceania com 53 331 contaminados continua a ser o continente com menos casos registados e sem mortes recentes a registar.

covid 19, mapa mundo

A experiência de outras pandemias que eclodiram no passado, recomendam precaução absoluta pois, tal como outrora, a hipótese de eclosão de uma nova vaga que parece já estar à vista, não está excluída. A nova COVID-19 transmuta-se e não dá tréguas! Decorrido mais de um ano após a primeira infeção detetada em humanos, a incerteza quanto ao evoluir da doença apesar de tudo mantém-se. Não podemos deixar ao acaso a nossa saúde e a de nossas famílias. Todos os cuidados são poucos!

Caracterização do Novo Vírus COVID-19

Os coronavírus são uma família de vírus de RNA que geralmente provocam doença respiratória leve em humanos, semelhante a uma gripe comum. Porém, algumas estirpes podem apresentar-se como doença mais grave, como o síndrome respiratório do Médio Oriente (MERS) e o síndrome respiratório agudo severo (SARS-CoV-2).

O novo coronavírus (COVID-19) foi identificado pela primeira vez em humanos, na cidade de Wuhan, China, em final de Dezembro de 2019 e alastrou por outras regiões, acabando por contaminar todo o planeta e tendo originado a atual pandemia, sabendo-se que também possui capacidade de mutação em animais, como sucedeu entre as populações de martas nos Países Baixos, Dinamarca e Espanha, em julho de 2020.

Diferença entre epidemia e pandemia

A palavra pandemia, deriva do grego “pandemias” (todos + demos=povo), para identificar uma epidemia de doença infeciosa que se espalha quase simultaneamente entre a população de uma vasta região geográfica como continentes ou mesmo pelo planeta.

Metodologia de atualização de dados

A atual situação epidémica é acompanhada diariamente pela OMS, FDA, ECDC, EMA, DGS e outras Entidades de Saúde Regionais que divulgam os principais indicadores relativos ao número de casos atingidos pela doença bem como o número de mortes diretamente atribuíveis à COVID-19. Não obstante os números mudarem a cada segundo, o quadro a seguir reflete os últimos dados conhecidos, sendo nossa intenção mostrar uma panorâmica a nível global que ajude a uma tomada de consciência das pessoas, tão realista quanto possível.

Situação Mundial da Pandemia 19 de MARÇO, segundo a OMS:

covid 19, mapa mundo

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covid 19, mapa mundo

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RECOMENDAÇÕES DA ECDC

Como se espalha o COVID-19?

As pessoas podem ser infetadas pelo COVID-19 através de outras pessoas portadoras do vírus inalando pequenas gotículas infetadas ao tossirem e espirrarem ou ao tocar superfícies contaminadas e em seguida tocarem o nariz, a boca ou os olhos.

Quais são os sintomas da doença?

A COVID-19 afeta cada pessoa de forma diferente. A maioria das pessoas infetadas experimenta sintomas ligeiros a moderados da doença e recuperam naturalmente, mas para muitas outras pode ser mais grave. Os sintomas principais incluem uma combinação de:
– Febre
– Tosse seca
– Dificuldade para respirar
– Dor muscular
– Cansaço anormal
– Dor muscular
– Perda de olfato ou paladar

Surto de doença, O que precisa saber?

Se já esteve em áreas afetadas pela COVID-19 com risco de exposição ou entrou em contacto com pessoa infetada com aquela doença e se, no espaço de 14 dias, desenvolve tosse, febre ou falta de ar:

– Fique em casa e não vá para o trabalho ou escola.

– Ligue de imediato para o número de saúde do país em que deseja obter informações; certifique-se de que menciona os sintomas, histórico de viagens e os contactos tidos.

– Não vá ao médico ou hospital. Lembre-se que pode infetar outras pessoas. Se precisar de entrar em contacto com seu médico ou visitar o serviço de emergência hospitalar, ligue com antecedência; indique sempre os seus sintomas, o histórico de viagens ou contactos.

Como pode proteger-se e aos outros da infeção

– Evite o contacto próximo com pessoas doentes, especialmente as que tossem ou espirram.

– Tussa e espirre no cotovelo ou num lenço de papel, NÃO na mão. Descarte o lenço usado imediatamente num contentor do lixo fechado e lave as mãos com água e sabão.

– Evite tocar nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos.

– Lave regularmente as mãos com água e sabão, pelo menos durante 20 segundos ou use um desinfetante à base de álcool após tossir / espirrar, antes de comer e preparar alimentos, depois do uso do WC e após tocar superfícies em locais públicos.

– Pratique o distanciamento social: mantenha-se pelo menos a 1-2 metros de distância dos outros, especialmente de quem estiver a tossir ou espirrar.

Linha de Apoio em Portugal (SAÚDE 24): (+351) 808 24 24 24

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
10 de Abril de 2024

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