COVID-19: PORTUGAL CONTRARIA TENDÊNCIA E DESCONFINA

COVID-19: PORTUGAL CONTRARIA TENDÊNCIA E DESCONFINA

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

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O último relatório epidemiológico da Organização Mundial da Saúde (OMS), revela de novo uma situação preocupante a nível global, com o número de infeções por SARS-CoV-2 a aumentar pela nona semana consecutiva com cerca de 5,7 milhões de casos relatados na última semana, número que supera todos os “picos” observados anteriormente, desde o início da pandemia. Também o número de novas fatalidades continuou a aumentar pela sexta semana consecutiva, com mais de 87 mil novas mortes relatadas.

Este agravamento verifica-se principalmente nas regiões do Sudeste Asiático e do Pacífico Ocidental que registaram pela terceira semana consecutiva os maiores aumentos relativos nas incidências de novos casos e óbitos, com particular destaque para o subcontinente indiano, enquanto que as restantes regiões têm vindo a reportar pequenas mas consistentes reduções na incidência de novos casos de infeção e de mortes.

A OMS continua a monitorizar as novas variantes emergentes do SARS-CoV-2 com base no risco que apresentam para a saúde pública global e impactos sociais, relatando haver evidências crescentes, no mundo real, da eficácia das vacinas em uso contra doença assintomática, bem como doenças graves em profissionais de saúde e adultos.

Sendo espectáveis novas mutações do vírus, quanto maior for a circulação maior oportunidade ele terá de sofrer nova mutação. Daí que a OMS recomende o uso dos meios de controlo de doenças estabelecidos e comprovados, como os prescritos no Plano Estratégico de Preparação e Resposta COVID-19 inicial, bem como se evite a sua introdução em populações animais, a fim de reduzir a ocorrência de novas mutações com sérias implicações na saúde pública.

Além disso, as autoridades nacionais e locais são também incentivadas a manter e fortalecer medidas de saúde pública para retardar ou impedir a propagação de doenças contagiosas como a COVID-19, bem como a fortalecer as capacidades de vigilância através do sequenciamento de informação local representativa da extensão das variantes do SARS-CoV-2, a fim de detetar eventos incomuns.

Distinguindo-se da grande maioria dos países de todo o mundo, a evolução positiva da pandemia no que respeita ao número de internados e à vacinação, após 15 renovações do estado de emergência, veio permitir que Portugal saia desse estado de exceção a partir do dia 3 de maio, dando-se assim início ao desconfinamento gradual, embora com algumas limitações.

De forma progressiva, mas cautelosa, o Governo tomou a decisão de prosseguir com a última fase de desconfinamento programada, que prevê aligeirar uma série de medidas conducentes à transição para uma normalidade pré-pandemia, que permita aos cidadãos, empresas e instituições, reiniciarem passo-a-passo as suas atividades, o que não invalida que tenha de se dar de novo um passo atrás, na eventualidade dos indicadores da pandemia voltarem a agravar-se.

Na opinião de alguns investigadores europeus, apesar de a pandemia se manter sob controle na generalidade dos países, a Europa está a atravessar um momento crítico na luta contra a COVID-19. Em sua opinião, os países começaram a abrandar as restrições, mesmo perante a evidência de cenários de aumento do número de casos e o surgimento de novas variantes do vírus, apesar de ainda estarem em fase de implementação de programas de vacinação.

Este realidade serviu de catalisador para a criação de um novo Centro Europeu de Prevenção COVID-19, uma iniciativa do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), que conta com o apoio do Centro de Modelagem Matemática de Doenças Infeciosas da London School of Hygiene & Tropical Medicine, tendo por objetivo fornecer aos decisores de saúde pública ferramentas que lhes permitam fazer previsões fiáveis de curto prazo, baseadas em evidência de casos e mortes por COVID-19 e que conta com a interação de equipas de modelagem de todo o mundo.

Trata-se de um novo centro de apoio ao planeamento da pandemia na Europa, que reúne previsões semanais de curto prazo do número de casos de infeção e mortes, com a antecedência de 4 semanas, nos 30 Estados-Membros da EU/EEE mais o Reino Unido e Suíça. Esta ferramenta permite a combinação e análise de dados de todo o conjunto e o seu confronto com as previsões individuais.

O agrupamento de várias previsões em um conjunto único, torna possível neutralizar eventuais enviesamentos de diferentes modelos, fornecendo previsões mais precisas e confiáveis do que usando um só modelo, abordagem que já foi usada no passado durante outras pandemias. Esta é a plataforma ideal para comparar e, em última análise, melhorar as previsões de muitos grupos diferentes, de uma forma científica e transparente, além de fornecer uma representação clara das certezas e dúvidas dos cientistas sobre a dinâmica da epidemia no futuro próximo.

Enquanto isso, a nível global o número de contaminações já ultrapassa os 151 milhões de casos e o número de fatalidades continua a crescer, porém entre nós a situação parece estar controlada, com o número de incidências ainda em crescimento, mas com o Índice de Transmissibilidade (Rt) a manter-se baixo e o número de mortes e internamentos igualmente a cair, levando a Direção-Geral de Saúde (DGS), a priorizar a testagem e a vacinação massiva, agora que os lotes encomendados estão a chegar com regularidade.

Embora de forma diferenciada, a COVID-19 atingiu duramente todos os países, mas o seu impacto foi mais severo nas comunidades que já eram vulneráveis, que estão mais expostas à doença, com menor probabilidade de ter acesso a serviços de saúde de qualidade e maior probabilidade de sofrer consequências adversas resultantes das medidas implementadas para conter a pandemia.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), isso é não só injusto como evitável. Por isso é reiterado o apelo a todos os líderes mundiais no sentido de garantirem que todos possam usufruir de condições de vida e trabalho que favoreçam um bom estado de saúde. Pede ainda que monitorizem as iniquidades em saúde e garantam que todas as pessoas tenham acesso a serviços de qualidade quando e onde precisarem.

Dados atualizados semanalmente pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), revelam que na EU/EEE (União Europeia e Espaço Económico Europeu) foram administradas mais de 161,3 milhões de primeiras doses da vacina COVID-19 em adultos maiores de 18 anos e cerca de 137,6 milhões de doses completas, correspondendo a 27,2% e 10% respetivamente da população dos 29 países incluídos no estudo, longe ainda de se atingir a meta de 70%, considerada necessária para se obter a imunidade de grupo. Estima-se que a imunidade de grupo ocorra quando um número suficiente de indivíduos está protegido contra uma determinada infeção e age como um escudo, evitando que o vírus atinja os que estão desprotegidos.

Entre nós, focados na massificação da testagem, segundo o último relatório da Direção-Geral de Saúde (DGS), foram recebidas até agora 3 400 260 doses e administradas 3 165 753; destas, 2 321 673 pessoas receberam uma primeira dose e 844 080 a segunda dose, o que corresponde a cerca de 22% e 8% da população, respetivamente, números que colocam Portugal nos lugares cimeiros do ranking de vacinação da UE. Segundo a DGS foram efetuados no País mais de 10,5 milhões de testes (PCR+ Antigénio)

Com o avançar das campanhas de vacinação da COVID-19 em curso, continuam a ser reportadas algumas raras reações adversas a alguns lotes de vacinas aprovadas, sinalizando efeitos não detetados durante a realização dos ensaios clínicos. É comum que ao longo do tempo de utilização de qualquer medicamento colocado no mercado, após a aprovação oficial, possam surgir ocorrências médicas nefastas que podem não ser necessariamente causadas por esse medicamento, mas que obrigam a ajustamentos nas recomendações de utilização ao longo do tempo.

A tendência para manutenção em alta das taxas de contágio da pandemia, que ainda prevalece em alguns países da Região Europeia não é replicada no nosso País, que mantém o índice de transmissibilidade (Rt) das últimas semanas a descer ligeiramente para um valor médio atual de 1 (um) e com uma incidência de 69,3 casos de infeção por 100 mil habitantes.

A COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, foi declarada pandemia pela OMS a 11 de março de 2020. Apesar dos esforços científicos e financeiros sem precedentes mobilizados a nível global para criar, com êxito, uma vacina eficaz que a neutralizasse, ainda há dúvidas sobre a capacidade de o vírus poder continuar a driblar a ciência com mais e novas variantes, como tem vindo a suceder desde o início.

Em Portugal, desde que seja considerada elegível e preencha as especificações clínicas aprovadas para cada vacina na UE, toda a população portuguesa poderá ser vacinada tendo, contudo, sido definidos previamente grupos prioritários considerados mais vulneráveis ao vírus SARS-CoV-2. Assim, a estratégia de vacinação, suscetível de poder sofrer alterações em função do evoluir do conhecimento científico e de eventuais alterações que venham a ser aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), passa por 3 fases e obedece inicialmente aos seguintes critérios:

Primeira fase

A partir de dezembro de 2020:

- Profissionais de saúde envolvidos na prestação de cuidados a doentes;

- Profissionais das forças armadas, segurança e serviços críticos;

- Profissionais e residentes em estruturas e residenciais para idosos e instituições similares;

- Profissionais e utentes da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

A partir de fevereiro de 2021:

- Pessoas com idade igual ou superior a 50 anos, com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal (TFGe < 60ml/min), Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.

- Pessoas com 80 ou mais anos de idade.

Segunda fase

A partir de abril de 2021:

- Pessoas de idade igual ou superior a 65 anos (sem vacinação anterior)

- Pessoas entre os 50 e 64 anos de idade, com pelo menos uma das seguintes doenças crónicas: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica (TFGe > 60ml/min), insuficiência hepática, hipertensão arterial, obesidade, outras patologias a definir em função do conhecimento científico.

Terceira fase (em data a determinar após conclusão da segunda fase):

- Restante população elegível, que também poderá ser priorizada.

Entretanto, a fim de evitar atropelos, é pedido à população que aguarde a sua vez até ser contactada pelas autoridades de saúde. Para as pessoas incluídas na primeira fase, que tenham mais de 50 anos e doenças associadas ou mais de 80 anos, existe no portal da DGS, um simulador simples de usar onde poderão verificar se o seu nome consta da lista de prioridades.

Apesar das medidas de confinamento adotadas e em vigor até ao dia 30 de abril, ao abrigo do 15º estado de emergência proposto pelo Presidente da República, estarem a produzir os resultados esperados e o índice de transmissibilidade ser atualmente um dos mais baixos da UE, sendo notória a redução do número de fatalidades e internamentos hospitalares, é todavia, necessário andar com cautela, não baixar a guarda face às novas variantes do vírus, que continuam a propagar-se por várias regiões do globo.

A atual estratégia do Ministério da Saúde passa pela testagem massiva da população em geral, através da utilização alargada de testes laboratoriais a todos os contactos, independentemente dos níveis de risco e com mais testes rápidos de antigénio, disponíveis para venda ao público em farmácia comunitária, rastreios regulares e testes generalizados em escolas.

A nível global, o número de pessoas infetadas já ultrapassa os 151 milhões, o número de mortes 3,1 milhões e o número de casos diários ativos também a crescer, em particular no subcontinente asiático, nas américas e também em alguns países europeus, com novas estirpes a serem identificadas e em circulação em vários países, facto para o qual o diretor da OMS Tedros Adhanom continua a alertar os líderes mundiais, recomendando precaução.

Sequelas da pandemia

Ainda confinados e sem data prevista para iniciar a recuperação, as medidas de afastamento originam perdas graves no rendimento das empresas e famílias e os apoios financeiros do estado mostram-se insuficientes para compensar as perdas de remuneração imediata e a ameaça de perda de emprego, medidas que são agravadas devido ao afastamento social com custos individuais muito elevados, principalmente quando significam a exclusão do núcleo familiar.

A pandemia por COVID-19 está a provocar importantes desafios às famílias e às sociedades, cujos efeitos já se fazem sentir e que certamente se irão repercutir e agravar no futuro, cuja dimensão ainda estamos longe de descortinar na totalidade, mas que já podemos antever face à vivência do nosso dia-a-dia após mais de um ano de confinamento, distanciamento social, isolamento e desconfiança mal disfarçada do nosso semelhante, além dos medos.

Estudos publicados por várias organizações de saúde internacionais, revelam que o impacto da pandemia por COVID-19 na saúde mental e no bem-estar da população em geral e dos profissionais de saúde em particular, devido às restrições e confinamento, são já muito nítidos, revelando sintomas de moderados a graves de ansiedade, depressão, stress pós-traumático e burnout entre outros, mas também resiliência em alguns casos.

No seio das famílias em particular, começa a ser dramático o impacto que a pandemia está a exercer na economia doméstica, com as dificuldades financeiras decorrentes do desemprego e da perda de rendimentos, fatores potenciadores de perturbações nas relações familiares, especialmente em ambientes fechados, que os agravam, sendo demolidor para o desenvolvimento das crianças a todos os níveis.

Novos paradigmas

Desde que a OMS declarou o estado de pandemia a 11 de março de 2020, embora se tenham dado passos gigantescos para travar o seu avanço e minimizar os seus efeitos, na realidade a COVID-19 continua entre nós, transmutando-se continuamente, mantendo-se à frente da ciência, sem dar tréguas a investigadores e aos incansáveis profissionais de saúde e cuidadores, por todo o planeta.

Jamais nos anais da história da humanidade se obtiveram resultados tão rapidamente no desenvolvimento de uma vacina para combater um vírus com as caraterísticas do SARS-CoV-2 e se mobilizaram tão vastos recursos. O novo vírus precisou somente de alguns meses para infetar milhões de pessoas por todo o mundo. A urgência de uma vacina para imunizar a população, a fim de evitar um maior alastramento das infeções e, acima de tudo, um maior número de mortes, direcionou o foco dos cientistas para um método de investigação que ainda está a dar os primeiros passos, mas que se acredita possa vir a ser uma arma útil e eficaz contra a atual e futuras pandemias, além de doenças autoimunes: as vacinas mRNA e reforço do sistema imunitário.

Atualidade na Europa

Na generalidade dos países europeus tem-se observado nas últimas semanas a uma certa estabilização das taxas de mortalidade e de infeções por COVID-19, porém o surgimento de novas variantes a partir do subcontinente indiano, pode obrigar a novas medidas de contenção, para travar o alastramento do vírus que muitos referem ser a quarta vaga da pandemia.

Segundo o ECDC, que se baseia em dados fornecidos pelos Estados-Membros da UE à base de dados do Sistema Europeu de Vigilância (TESSy), na Europa continua a observar-se um novo agravamento da situação, com mais de 44 491 869 contágios e 1 012 792 fatalidades desde o início da pandemia.

Na generalidade dos países europeus o número acumulado de fatalidades por 100 000 habitantes (14 dias), tem-se mantido a tendência de descida na última semana. Hungria (316,60), Bulgária (214.20), Polónia (183.25), Eslováquia (165.08), Croácia (140.85), Roménia (117.08), Grécia (104.68), República Checa (101.37), Itália (83.57), Estónia (79.76).

Embora com tendência para descida, a maioria dos países da Europa, mantém um número acumulado de infeções por 100 000 habitantes (14 dias) ainda elevado. Chipre (1221.16), Suécia (747.10), Croácia (741.67), França (652.65), Holanda (630.89), Lituânia (540.03), Eslovénia (497.74), Hungria (473.03), Polónia (462.82), Estónia (446.58).

Em Portugal, registaram-se nas últimas 24 horas mais 1 óbito, uma redução relativamente aos números das últimas semanas, tendo sido confirmados mais 470 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-Cov-2, o que perfaz um total – desde que a pandemia foi detetada no país em Março último –, de 836 033 infetados, 795 326 recuperados e 16 974 vítimas mortais. Há ainda a registar 23 733 casos ativos da doença, 324 internamentos hospitalares e 89 casos críticos, que estão a ser acompanhados em UCI pelas autoridades de saúde.

Em tempos de grande incerteza, com fronteiras externas ainda fechadas, pelo menos até final de abril, e as deslocações internas ainda com algum condicionamento, as pessoas que necessitam de se deslocar pelo País são aconselhadas a consultar previamente a “Lista de Concelhos – nível de risco” na internet, onde estão listados todos os Concelhos, com a indicação dos respetivos níveis de risco, a fim de evitar surpresas desagradáveis.

Dada a imprevisibilidade na evolução das várias estirpes da COVID-19, é necessário andar com cuidado, ter paciência e saber esperar, além de manter as demais regras de prevenção como o uso de máscaras, a higienização e a prática de distanciamento, entre outras recomendações da Direção-Geral da Saúde e que o bom senso aconselha, mesmo após a vacinação.

Logística da vacinação

O governo português tem asseguradas as doses de vacinas suficientes para vacinação da população (cerca de 31 milhões de doses), seguindo a estratégia predefinida de vacinação da população, incluindo o início da inoculação de 2ª dose nos grupos prioritários, segundo o plano nacional de vacinação estabelecido, ajustado aos meios e às condições existentes.

A Direção-Geral da Saúde mantém em funções uma comissão técnica, que “define e ajusta” os critérios em que a vacina contra a COVID-19 é aplicada no País, e uma “task force” que operacionaliza o processo. Os planos de vacinação divulgados nos primeiros dias de dezembro de 2020, estão desde essa data disponíveis para consulta no portal do SNS.

A COVID-19 a nível Global

De acordo com o site worldometers, que aglutina a informação disponibilizada pela OMS e pelos principais Centros de Controle e Prevenção de Doenças em todo o mundo, desde 31 de Dezembro de 2019 até hoje, dia 30 de abril de 2021, foram notificados em todo o mundo 151 186 220 casos de doença, incluindo 3 181 057 mortes e 129 145 489 recuperados, números que se continuam em crescimento, em particular a nível das fatalidades e mais recentemente também a nível dos contágios, o que pode prenunciar novas vagas da pandemia.

Na generalidade dos países europeus a situação mantém-se estável, embora com um nível de contaminações elevado, e o continente americano continua a ser o mais fustigado pela pandemia, com o número de infetados a ultrapassar 63 025 617, seguido da Europa, com um total 44 491 869 infetados, seguidos da Ásia com 39 017 351 casos reportados e de África também com um pequeno aumento para 4 587 789 pessoas. A Oceânia com 62 882 contaminados continua a ser o continente com menos casos registados.

covid 19, mapa mundo

A experiência de outras pandemias que eclodiram no passado, recomendam precaução absoluta pois, tal como outrora, a possibilidade de eclosão de novas vagas parece estar à vista. A nova COVID-19 transmuta-se e não dá tréguas! Decorrido mais de um ano após a primeira infeção detetada em humanos, a incerteza quanto ao evoluir da doença apesar de tudo mantém-se. Não podemos deixar ao acaso a nossa saúde e a de nossas famílias. Todos os cuidados são poucos!

Caracterização do Novo Vírus COVID-19

Os coronavírus são uma família de vírus de RNA que geralmente provocam doença respiratória leve em humanos, semelhante a uma gripe comum. Porém, algumas estirpes podem apresentar-se como doença mais grave, como o síndrome respiratório do Médio Oriente (MERS) e o síndrome respiratório agudo severo (SARS-CoV-2).

O novo coronavírus (COVID-19) foi identificado pela primeira vez em humanos, na cidade de Wuhan, China, em final de Dezembro de 2019 e alastrou por outras regiões, acabando por contaminar todo o planeta e tendo originado a atual pandemia, sabendo-se que também possui capacidade de mutação em animais, como sucedeu no início entre as populações de martas nos Países Baixos, Dinamarca e Espanha, em julho de 2020.

Diferença entre epidemia e pandemia

A palavra pandemia, deriva do grego “pandemias” (todos + demos=povo), para identificar uma epidemia de doença infeciosa que se espalha quase simultaneamente entre a população de uma vasta região geográfica como continentes ou mesmo pelo planeta.

Metodologia de atualização de dados

A atual situação epidémica é acompanhada diariamente pela OMS, FDA, ECDC, EMA, DGS e outras Entidades de Saúde Regionais que divulgam os principais indicadores relativos ao número de casos atingidos pela doença bem como o número de mortes diretamente atribuíveis à COVID-19. Não obstante os números mudarem a cada segundo, o quadro a seguir reflete os últimos dados conhecidos, sendo nossa intenção mostrar uma panorâmica a nível global que ajude a uma tomada de consciência das pessoas, tão realista quanto possível.

Situação Mundial da Pandemia 30 de ABRIL, segundo a OMS:

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

RECOMENDAÇÕES DA ECDC

Como se espalha o COVID-19?

As pessoas podem ser infetadas pelo COVID-19 através de outras pessoas portadoras do vírus inalando pequenas gotículas infetadas ao tossirem e espirrarem ou ao tocar superfícies contaminadas e em seguida tocarem o nariz, a boca ou os olhos.

Quais são os sintomas da doença?

A COVID-19 afeta cada pessoa de forma diferente. A maioria das pessoas infetadas experimenta sintomas ligeiros a moderados da doença e recuperam naturalmente, mas para muitas outras pode ser mais grave. Os sintomas principais incluem uma combinação de:
– Febre
– Tosse seca
– Dificuldade para respirar
– Dor muscular
– Cansaço anormal
– Dor muscular
– Perda de olfato ou paladar

Surto de doença, O que precisa saber?

Se já esteve em áreas afetadas pela COVID-19 com risco de exposição ou entrou em contacto com pessoa infetada com aquela doença e se, no espaço de 14 dias, desenvolve tosse, febre ou falta de ar:

– Fique em casa e não vá para o trabalho ou escola.

– Ligue de imediato para o número de saúde do país em que deseja obter informações; certifique-se de que menciona os sintomas, histórico de viagens e os contactos tidos.

– Não vá ao médico ou hospital. Lembre-se que pode infetar outras pessoas. Se precisar de entrar em contacto com seu médico ou visitar o serviço de emergência hospitalar, ligue com antecedência; indique sempre os seus sintomas, o histórico de viagens ou contactos.

Como pode proteger-se e aos outros da infeção

– Evite o contacto próximo com pessoas doentes, especialmente as que tossem ou espirram.

– Tussa e espirre no cotovelo ou num lenço de papel, NÃO na mão. Descarte o lenço usado imediatamente num contentor do lixo fechado e lave as mãos com água e sabão.

– Evite tocar nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos.

– Lave regularmente as mãos com água e sabão, pelo menos durante 20 segundos ou use um desinfetante à base de álcool após tossir / espirrar, antes de comer e preparar alimentos, depois do uso do WC e após tocar superfícies em locais públicos.

– Pratique o distanciamento social: mantenha-se pelo menos a 1-2 metros de distância dos outros, especialmente de quem estiver a tossir ou espirrar.

 

Linha de Apoio em Portugal (SAÚDE 24): (+351) 808 24 24 24

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
10 de Abril de 2024

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