COVID-19: FÉRIAS COM NOVAS REGRAS

COVID-19: FÉRIAS COM NOVAS REGRAS

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

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Depois de termos atravessado todas as regras de geometria variável estabelecidas durante os confinamentos internos, a prossecução do combate às novas variantes da COVID-19, durante o ainda tímido ensaio de regresso à normalidade, obriga agora a novas regras durante o período de férias de uma parte significativa da população.

Em completo respeito pelas medidas de saúde e segurança, desde o início da pandemia que a Comissão Europeia decidiu ser necessário aplicar algumas restrições à circulação de pessoas, mercadorias e serviços no espaço da UE, a fim de travar a propagação do coronavírus e proteger a saúde e o bem-estar dos seus cidadãos.

Desde o controle aleatório nas fronteiras terrestres de alguns Países-Membros da UE/EEE, que obrigam à apresentação de um certificado sanitário de prova de vacinação completa ou teste com resultado negativo, até às medidas mais apertadas em outros Estados, em que idênticos elementos de prova são obrigatórios para entrar em restaurantes, cafés ou transportes de longa distância, estes dependentes de um código QR válido para comprovar o estatuto de imunidade, sob pena de elevadas multas, tudo tem contribuído para restringir a livre circulação dos cidadãos europeus e de todo o mundo.

Tais restrições, têm vindo a dar origem a uma crescente onda de protestos em alguns países europeus, que se vêm confrontados com movimentos de desobediência civil às medidas impostas a pessoas não vacinadas, em certa medida numa reação espontânea ao “passe verde”, uma extensão do Certificado Covid-19 da União Europeia, obrigatório para aceder a cinemas, museus, piscinas, estádios e restaurantes, numa altura em que a região está a enfrentar uma quarta vaga da pandemia, que as autoridades sanitárias atribuem à variante Delta e às baixas taxas de vacinação entre a população com menos de 30 anos.

Entre nós, não há atualmente limitações para a entrada de cidadãos nacionais no País, mas existem regras especiais consoante a origem, sendo recomendável a confirmação da realização do voo junto da companhia aérea, caso se desloquem por essa via. Dependendo da sua proveniência, os nacionais que cheguem de alguns países mais afetados pela pandemia, poderão ter de enfrentar um período de isolamento profilático de 14 dias à sua chegada a Portugal, em casa ou em outro local indicado pelas autoridades, exceto se estiverem em trânsito por períodos não superiores a 48 horas, sendo nesse caso necessária a apresentação do bilhete de regresso.

Tal como afirmou Andrew Pollard, considerado o pai da vacina da AstraZeneca/Oxford, perante os deputados do parlamento britânico, o objetivo para se atingir a imunidade de grupo parece estar cada vez mais distante devido à perspetiva de eclosão de novas variantes do vírus SARS-CoV-2 mais agressivas e transmissíveis, como a variante Delta, que rapidamente se tornou predominante na maioria dos países do planeta.

Na sua comunicação ao parlamento, realizada no passado dia 10 de agosto, adiantou que a nova variante, além de infetar as pessoas não vacinadas vai também infetar as que já tenham a vacinação completa, significando isso que iremos ficar sem meios para conter a transmissão por completo. Não obstante, confirmou que as vacinas atualmente em uso são armas bastante eficazes na prevenção de doença grave ou morte em caso de infeção, o que apesar de tudo nos deixa alguma esperança para o futuro.

Entre nós, com vista a reabertura gradual do País à atividade económica e social, com regras iguais estabelecidas para o todo nacional, deu-se início a novo desconfinamento. Para esse efeito, o Governo apresentou aos portugueses um plano baseado em três fases, que entre outras medidas, prevê que a partir de setembro deixe de ser obrigatório o uso de máscaras de proteção sanitária na rua e que os locais de convívio e lazer mais suscetíveis de contágio, como bares noturnos e discotecas, possam reabrir em outubro. Até agora, as medidas de desconfinamento eram diferenciadas em função da situação pandémica de cada concelho.

O anúncio destas medidas só foi possível devido à evolução favorável no controle da pandemia, que em muito se fica a dever à testagem massiva e ao êxito obtido no processo de vacinação, que criou uma homogeneidade a nível nacional da taxa de vacinação, e pelo abrandamento da “pressão” inicial que se verificou sobre os hospitais no início da crise e que agora deixou de se fazer sentir.

Acresce que, sendo o mês de agosto tradicionalmente o mês de férias para a maioria dos portugueses, é assim facilitada a mobilidade entre regiões e países, dado que segundo as autoridades sanitárias 70% da população já tem a vacinação completa, perspetivando-se que até ao final de outubro se atinjam os 85%, nova meta corrigida para a imunização de grupo, devido à maior transmissibilidade da variante Delta.

Prevê-se que desconfinamento seja feito em três fases. A primeira teve início no primeiro dia de agosto e é baseada no reforço da utilização intensiva dos certificados digitais COVID-19 e de testes negativos, elementos obrigatórios para aceder aos estabelecimentos hoteleiros e de restauração, realizar viagens e aceder à maioria dos eventos sociais mais comuns. Prevê ainda o fim do teletrabalho obrigatório, que passará a ser recomendado.

A segunda fase, está prevista para o início de setembro. Além de deixar de ser obrigatório o uso de máscaras na via pública, o acesso aos serviços públicos deixa de ser feito por marcação e os transportes públicos voltam a ter a lotação normal, entre outras medidas, visando a libertação gradual das restrições ainda existentes.

Na terceira fase, com início em outubro, está previsto que 85% da população já tenha a vacinação completa, sendo a partir daí permitida a reabertura de bares e discotecas, mediante a apresentação de certificado digital ou teste negativo, bem como o fim das limitações na lotação de restaurantes e recintos de espetáculos.

Todavia, nada ainda está garantido. Por isso, para que possamos ter êxito nesta tarefa, é indispensável que as medidas de proteção individual adotadas desde o início da pandemia, como o uso de máscaras de proteção, manutenção de distanciamento físico e higienização pessoal, continuem a fazer parte de nossas rotinas diárias.

O papel da OMS

A nível Global, o número de casos de infeção nos últimos sete dias continuou a decrescer e o número de mortes baixou cerca de 1% em resultado evidente da vacinação. Face aos resultados parece haver consenso de que é necessário retomar as atividades económicas e sociais normais, já que o processo de vacinação se mostra eficaz, a população interiorizou a necessidade de precaução e as entidades reguladoras da saúde na maioria dos países têm vindo a reportar estabilização e até redução nos números de internamentos hospitalares.

Desde que a epidemia por COVID-19 foi declarada pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março de 2020, foram envidados grandes esforços por aquela Organização no sentido de entregar vacinas de forma equitativa a todos os países sem que, no entanto, o tenha conseguido, devido principalmente às desigualdades e falta de recursos económicos de muitos países. Daí que os níveis de vacinação hoje atingidos em cada país variem muito, não sendo possível estabelecer uma média realista de imunização.

Segundo ourworldindata.org da Universidade de Oxford, 32% da população mundial já recebeu pelo menos uma dose da vacina para a COVID-19 e 24% está completamente vacinada, tendo já sido administradas 4,84 mil milhões de doses a nível global e 34,95 milhões são atualmente administradas por dia. Todavia, apenas 1,3% das pessoas de países com baixos recursos económicos receberam uma dose, o que é manifestamente injusto, quando comparamos por exemplo com Malta, o país que já vacinou 92,02% da sua população completamente e 0,63% receberam pelo menos uma primeira dose.

Para a OMS, proporcionar o acesso equitativo global a uma vacina segura e eficaz, protegendo os profissionais de saúde em especial e todos os que estão em maior risco, é a única maneira de mitigar o impacto económico e de saúde pública das pandemias, sendo que as vacinas são agora a arma mais eficaz para debelar a COVID-19 e caminharmos progressivamente com mais segurança para o objetivo de imunizar a população. Contudo, segundo os especialistas, tudo parece indicar que vamos ter de conviver com a endemia no futuro, tal como já acontece com a gripe, pois ainda não se sabe por quanto tempo a imunização pelas vacinas atuais se vai manter.

A dúvida é se iremos continuar a viver como antes ou se teremos de nos readaptar a novas formas de vida. A avaliar pelo exemplo que nos é dado pelo Reino Unido, as pessoas estão finalmente a regressar ao modo de vida anterior, sem qualquer restrição que não seja a manutenção de regras salutares de boa convivência cívica.

As novas variantes

Com cerca de 70% da população portuguesa já com a vacinação completa e 77,1% pelo menos com a primeira dose da vacina, espera-se que até final de setembro se atinja a 3ª fase do desconfinamento e possamos seguir o exemplo do Reino Unido e da maioria dos países europeus, conseguindo a imunidade de grupo anunciada pela Direção-Geral de Saúde (DGS), caso não surjam contratempos com as entregas de vacinas ou novas variantes do vírus.

Recordemos que a variante Delta do SARS-CoV-2, com uma prevalência superior a 98,9% em todas as regiões de Portugal e em grande parte dos países da UE, nos fez retroceder no já longo percurso para debelar a doença. Notícias recentes de uma nova variante Lambda, detetada no Peru em dezembro de 2020 e disseminada pela região da América do Sul, vêm baralhar mais uma vez todas as previsões e constitui uma nova preocupação para os especialistas e governos.

No que concerne à eficácia das vacinas em uso para as novas variantes, não obstante ainda não haver unanimidade entre a comunidade científica internacional para todas as que foram aprovadas, a grande maioria defende que as principais vacinas em uso permanecerão protetoras contra a variante Lambda.

Os efeitos na saúde mental

A avaliação do impacto psicológico do confinamento e autoisolamento das populações, as consequências ligadas ao desemprego, às dificuldades financeiras e à exclusão social que afetam a humanidade, de uma ou outra forma, está longe de poder ser feita.

A saúde mental e o bem-estar devem ser entendidos como direitos humanos fundamentais e os países devem repensar o acesso aos cuidados no setor. Entre as recomendações da OMS estão o reforço dos serviços de saúde mental, a melhoria do acesso aos cuidados por via digital, o incremento dos serviços de apoio psicológico nas escolas, universidades, locais de trabalho e em particular para os trabalhadores de primeira linha no combate à pandemia.

Para o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, trata-se de uma componente-chave da saúde humana que requer uma ação imediata dos governos e Margaritis Schinas, vice-presidente da Comissão Europeia, deixou-nos uma mensagem importante: “não há desculpas para atrasos” a lidar com o problema. Os cuidados com o bem-estar psíquico devem ser levados a sério, senão quando debelarmos esta pandemia teremos forçosamente de enfrentar outra – uma pandemia de saúde mental.

Certificado Digital COVID-19 da UE

Numa luta contra o tempo, entre a vacinação e a progressão da doença, é necessário pedir a todos sem exceção, à população em geral, aos profissionais de saúde, cuidadores informais e forças de segurança, um derradeiro esforço suplementar a fim de tentar travar definitivamente as novas variantes Delta e Lambda do SARS-CoV-2, bom como outras que eventualmente possam surgir, pois as sociedades não podem paralisar.

Com cada vez mais países a renunciarem à obrigatoriedade de quarentena para os cidadãos que possuam um certificado digital de vacinação, ou outros meios de efeito similar, adotados pelas várias regiões do Globo, torna-se indispensável que haja uma maior equidade na distribuição das vacinas pelos países economicamente mais frágeis, como forma de proteger as fronteiras e impedir a propagação da COVID-19, tal como é reiteradamente recomendado pela OMS.

Na Europa, o certificado Digital COVID-19 da UE, em vigor desde o dia 1 de julho de 2021, foi criado com o objetivo de iniciar o desconfinamento no espaço da UE e facilitar a livre circulação entre os Estados-Membros para tentar salvar o verão de 2021, especialmente a nível da economia. Para uma abordagem comum das medidas a adotar sobre viagens, os países acordaram estabelecer critérios uniformes de mapeamento das zonas de risco, através do uso de quatro cores identificativas num quadro-matriz de fácil e intuitiva interpretação.

Zona vermelho-escura: risco muito alto (mais de 500 casos por 100 mil pessoas); zona vermelha (entre 50 e 500 pessoas e teste positivo igual a 4% ou mais); laranja (menos de 50 casos por 100 mil pessoas e teste positivo igual a 4% ou mais); zona verde (menos de 25 casos por 100 mil pessoas e teste positivo inferior a 4%).

O Certificado Digital COVID-19 da UE, do qual já foram emitidos mais de 4,6 milhões em Portugal, está disponível em formato digital e em papel, tem de ser renovado a cada seis meses e serve para comprovar que o seu portador foi vacinado contra a COVID-19, recebeu um resultado negativo do teste ou recuperou de uma infeção COVID-19.

Perspectivas

Uma saída sustentável da pandemia na UE depende dos progressos realizados a nível mundial, pois nenhum país ou região do mundo estarão seguros em relação à COVID-19 se a sua propagação não for contida a nível global. Nesse sentido a UE e o conjunto dos seus Estados-Membros lideraram desde a primeira hora o investimento no Mecanismo Mundial COVAX, tendo definido uma abordagem coordenada para partilha de vacinas através de um mecanismo autónomo, com o fim de ajudar os países parceiros a superar a atual pandemia.

Aquele mecanismo é coliderado pela Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI), The Vaccine Alliance (GAVI) e OMS, conjuntamente com a UNICEF, parceiro de distribuição, tendo por objetivo acelerar o desenvolvimento e fabrico de vacinas para a COVID-19 e garantir o acesso justo e equitativo para todos os países do mundo.

Relativamente a Portugal, devido a um agravamento dos casos de infeção nas últimas semanas, a task-force da DGS, mantém-se focada na massificação da testagem e da vacinação. Segundo o último relatório da Direção-Geral de Saúde (DGS), foram recebidas até agora no País, 15 322 080 doses e administradas 14 093 439. Destas, pelo menos 7 858 628 pessoas receberam uma primeira dose e 6 792 183 a vacinação completa, o que corresponde a cerca de 77,1% e 70% da população, respetivamente, números que colocam Portugal entre os países europeus com valores mais elevados no ranking de vacinação.

Ainda segundo a DGS já foram efetuados no País mais de 16 378 600 milhões de testes (PCR+ Antigénio). A título excecional e temporário os testes rápidos de antigénio (TRAg), são comparticipados pelo Estado a 100% até 31 agosto, sendo limitados a quatro por mês e por utente que ainda não possua o certificado de vacinação.

Mantém-se no nosso país a tendência de estabilização nas taxas de contágio da pandemia, com o índice de transmissibilidade (Rt) a manter-se abaixo de 1 (um), com o valor médio atual de 0,98 na globalidade do território nacional e com a incidência de infeção nos últimos 14 dias a descer para 319,0 casos por 100 mil habitantes.

Atualidade na Europa

Contrariamente ao que se verifica a nível global, em que o número de mortes e casos de infeção tem vindo a reduzir gradualmente, na generalidade dos países europeus continuou a observar-se nas últimas semanas um crescimento nas taxas de mortalidade por COVID-19, e também no número de infeções, em muito devido à nova variante Delta do SARS-Cov-2 e a casos de reinfeção entre populações mais fragilizadas.

O número acumulado de fatalidades por 100 000 habitantes (14 dias), manteve-se com tendência generalizada de subida na maioria dos Países-Membros. Chipre (38,29); Grécia (23,14); Espanha (20,11); Portugal (18,94); Bulgária (18,56); Malta (15,55); Lituânia (13,60); França (11,68); Luxemburgo (9,58); Itália (6,10).

Com pequenas exceções, o número acumulado de infeções por 100 000 habitantes (14 dias), tem-se mantido sob controle, mas igualmente em crescimento na maioria dos países da UE. Chipre (748,76); França (481,90); Espanha (456,94); Irlanda (456,71); Islândia (399,85); Grécia (393,88); Portugal (314,13); Estónia (254,63); Lituânia (254,47); Dinamarca (227,57).

Em Portugal, o número diário de óbitos embora com um ligeiro crescimento tende a estabilizar, tendo-se registado nas últimas 24 horas mais 12 fatalidades. Foram ainda confirmados mais 2 554 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-Cov-2, o que perfaz um total – desde que a pandemia foi detetada no país em Março do último ano, de 1 012 125 infetados, 949 703 recuperados e 17 613 vítimas mortais. Há ainda a registar 44 809 casos ativos da doença, 688 internamentos hospitalares e 141 casos críticos, que estão a ser acompanhados em UCI pelas autoridades de saúde.

Apesar de na Europa já se ter dado início ao processo de desconfinamento gradual, devido à predominância das novas variantes Delta e Lambda, mantém-se ainda alguma imprevisibilidade na evolução de outras potenciais estirpes da COVID-19. É por isso preciso avançar com cuidado, ter paciência e saber esperar, além de se tornar imprescindível que as demais regras de prevenção como o uso de máscaras, a higienização e a prática de distanciamento, entre outras recomendações das autoridades da saúde e que o bom senso aconselha, sejam seguidas, mesmo após a vacinação completa.

A COVID-19 a nível Global

Segundo dados do site worldometers, que aglutina a informação disponibilizada pela OMS e pelos principais Centros de Controle e Prevenção de Doenças em todo o mundo, desde 31 de Dezembro de 2019 até hoje, dia 20 de agosto de 2021, foram notificados em todo o mundo 210 946 742 casos de doença, incluindo 4 419 023 mortes e mais de 188 854 463 recuperados, números que apesar dos esforços que têm vindo a ser feitos a nível global, continuam a aumentar.

O continente americano continua a ser o mais fustigado pela pandemia, com o número de infetados a ultrapassar 82 296 768 (39,01%), seguido da Ásia, com um total de 67 157 790 infetados (31,84%), da Europa com 53 868 056 reportados (25,54%) e de África também com um aumento para 7 481 414 pessoas (3,55%). A Oceânia com 141 993 contaminados (0,07%) continua a ser o continente com menos casos registados, embora com um pequeno crescimento.

covid 19, mapa mundo

Independentemente de podermos vir a ter necessidade de prolongar as medidas de prevenção, a experiência de outras pandemias que surgiram no passado recomenda precaução absoluta pois, tal como outrora, a possibilidade de eclosão de novas vagas permanece em aberto. A nova COVID-19 transmuta-se e não dá tréguas! Apesar do otimismo que se seguiu ao anúncio por alguns países do início do desconfinamento, decorridos quase vinte meses após a primeira infeção detetada em humanos, ainda persiste alguma incerteza quanto ao evoluir da doença. Não podemos deixar ao acaso a nossa saúde, de nossos familiares e semelhantes. Todos os cuidados são poucos!

Caracterização do Novo Vírus COVID-19

Os coronavírus são uma família de vírus de RNA que geralmente provocam doença respiratória leve em humanos, semelhante a uma gripe comum. Porém, algumas estirpes podem apresentar-se como doença mais grave, como a síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS) e a síndrome respiratória aguda severa (SARS-CoV-2).

O novo coronavírus (COVID-19) foi identificado pela primeira vez em humanos, na cidade de Wuhan, China, no final de Dezembro de 2019 e alastrou por outras regiões, acabando por contaminar todo o planeta e tendo dado origem à atual pandemia, sabendo-se que também possui capacidade de mutação em animais, como sucedeu no início entre as populações de martas nos Países Baixos, Dinamarca e Espanha, em julho de 2020.

Diferença entre epidemia e pandemia

A palavra pandemia, deriva do grego “pandemias” (todos + demos=povo), para identificar uma epidemia de doença infeciosa que se espalha quase simultaneamente entre a população de uma vasta região geográfica como continentes ou mesmo pelo planeta.

Metodologia da atualização de dados

A atual situação epidémica é acompanhada permanentemente pela OMS, FDA, ECDC, EMA, DGS e outras Entidades de Saúde Regionais que divulgam os principais indicadores relativos ao número de casos atingidos pela doença, bem como o número de mortes diretamente atribuíveis à COVID-19. Não obstante os números evoluírem a cada instante, o quadro seguinte reflete os últimos dados conhecidos, sendo nossa intenção mostrar uma panorâmica a nível global que ajude a uma tomada de consciência das pessoas, tão realista quanto possível.

Situação Mundial da Pandemia a 20 de agosto, segundo a OMS:

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

RECOMENDAÇÕES DA ECDC

Como se espalha o COVID-19?

As pessoas podem ser infetadas pelo COVID-19 através de outras pessoas portadoras do vírus, inalando pequenas gotículas infetadas ao tossirem e espirrarem ou ao tocar superfícies contaminadas e em seguida tocarem o nariz, a boca ou os olhos.

Quais são os sintomas da doença?

A COVID-19 afeta cada pessoa de forma diferente. A maioria das pessoas infetadas experimenta sintomas ligeiros a moderados da doença e recuperam naturalmente, mas para muitas outras pode ser mais grave. Os sintomas principais incluem uma combinação de:
– Febre
– Tosse seca
– Dores de garganta
– Dificuldade para respirar
– Dor muscular e tensão
– Diarreia
– Cansaço anormal
– Perda de olfato ou paladar
– Dores de cabeça (nova variante Delta)
– Nariz entupido (nova variante Delta)

Surto de doença, O que precisa saber?

Se já esteve em áreas afetadas pela COVID-19 com risco de exposição ou entrou em contacto com pessoa infetada com aquela doença e se, no espaço de 14 dias, desenvolve tosse, febre ou falta de ar, dores de cabeça e nariz entupido, sem motivo aparente:
– Fique em casa e não vá para o trabalho ou escola.
– Ligue de imediato para o número de saúde do país em que deseja obter informações; certifique-se de que menciona os sintomas, histórico de viagens e os contactos tidos.
– Não vá ao médico ou hospital. Lembre-se que pode infetar outras pessoas. Se precisar de entrar em contacto com seu médico ou visitar o serviço de emergência hospitalar, ligue com antecedência; indique sempre os seus sintomas, o histórico de viagens ou contactos.

Como pode proteger-se e aos outros da infeção

– Evite o contacto próximo com pessoas doentes, especialmente as que tossem ou espirram.
– Tussa e espirre no cotovelo ou num lenço de papel, NÃO na mão. Descarte o lenço usado imediatamente num contentor do lixo fechado e lave as mãos com água e sabão.
– Evite tocar nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos.
– Lave regularmente as mãos com água e sabão, pelo menos durante 20 segundos ou use um desinfetante à base de álcool após tossir / espirrar, antes de comer e preparar alimentos, depois do uso do WC e após tocar superfícies em locais públicos.
– Pratique o distanciamento social: mantenha-se pelo menos a 1-2 metros de distância dos outros, especialmente de quem estiver a tossir ou espirrar.

Linha de Apoio em Portugal (SAÚDE 24): (+351) 808 24 24 24

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
17 de Novembro de 2023

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