COVID-19: CRESCEM AS DESIGUALDADES

COVID-19: CRESCEM AS DESIGUALDADES

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

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Embora de forma diferenciada, a COVID-19 atingiu duramente todos os países, mas o seu impacto foi mais severo nas comunidades que já eram vulneráveis, que estão mais expostas à doença, com menor probabilidade de ter acesso a serviços de saúde de alguma qualidade e maior probabilidade de sofrer consequências adversas resultantes das medidas implementadas para conter a pandemia.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), isso é não só injusto como evitável. Por isso é feito um apelo a todos os líderes mundiais no sentido de garantirem que todos tenham condições de vida e trabalho que favoreçam uma boa saúde. Pede ainda que monitorizem as iniquidades em saúde e garantam que todas as pessoas tenham acesso a serviços de qualidade quando e onde precisarem.

O apelo à construção de um Mundo mais justo e saudável, foi feito por ocasião das últimas celebrações do Dia Mundial da Saúde, por se entender que o mundo é cada vez mais desigual. A pandemia por COVID-19 agravou a situação e veio demonstrar que algumas pessoas conseguem viver com mais saúde e ter melhor acesso aos serviços de saúde do que outras, devido inteiramente às condições em que nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem.

Os vírus, incluindo o SARS-COV-2 que causou a COVID-19, evoluem ao longo do tempo, replicando-se ou fazendo cópias de si próprios, sendo considerado normal que muitas vezes o façam somente com ligeiras alterações. Essas mudanças são designadas por mutações e quando se deteta uma ou mais novas mutações é referido como variante do vírus original.

Quando um vírus se mantém em circulação entre as populações de vastas regiões do globo, causando elevado número de infeções, a probabilidade de mutações aumenta, em função das oportunidades que o vírus tem de se disseminar e assim mais mudanças sofrer, tornando exponencial a sua capacidade de mais contágios.

A maioria das mutações virais tem impacto pouco significativo ou mesmo nulo na capacidade de causar infeções e doenças. No entanto, dependendo da localização das alterações no seu material genético, elas podem afetar as propriedades de transmissão ou da sua gravidade.

Foi anunciado pelas principais Entidades Reguladoras da Saúde em todo o mundo, que as vacinas aprovadas para a COVID-19, disponibilizadas para a maioria dos países, embora não completamente isentas de potenciais efeitos secundários, como acontece com qualquer outro medicamento, fornecem proteção contra novas variantes de vírus porque induzem uma ampla resposta imune, envolvendo uma vasta gama de anticorpos e células e de um modo geral com um grau de eficácia superior a 90 por cento. Foi também reafirmado pelos fabricantes das várias marcas de vacinas já no mercado, que dadas as caraterísticas das novas vacinas, seria relativamente fácil e rápido alterar a sua composição, caso se provasse serem menos eficazes contra uma variante específica do vírus.

A OMS está a trabalhar com pesquisadores, cientistas e autoridades de saúde de todo o mundo, acompanhando em permanência a evolução das novas variantes da COVID-19 e o seu impacto na eficácia das vacinas, que até ao momento têm mostrado eficácia para prevenir a disseminação do vírus, reduzindo assim as hipóteses de novas mutações.

Dados atualizados semanalmente pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), revelam que na EU/EEE (União Europeia e Espaço Económico Europeu) foram administradas mais de 121,4 milhões de primeiras doses da vacina COVID-19 em adultos maiores de 18 anos e cerca de 101.6 milhões de doses completas, correspondendo a 19,8% e 7,6% respetivamente da população dos 29 países incluídos no estudo, longe ainda de se atingir a meta de 70%, considerada segura para se obter a imunidade de grupo.

Entretanto, segundo investigadores da University College London (UCL), o Reino Unido, que já vacinou mais de metade da população, terá alcançado a imunidade de grupo, seja por vacinação ou infeção adquirida anteriormente, estimando-se que cerca de três quartos da população já tenha incorporado anticorpos contra a COVID-19, embora o modelo usado na investigação seja contestado por alguns outros cientistas.

A imunidade de grupo ocorre quando um número suficiente de indivíduos está protegido contra uma determinada infeção e age como um escudo, evitando que o vírus atinja os que estão desprotegidos.

Entre nós, focados na massificação da testagem, segundo o último relatório da Direção-Geral de Saúde (DGS), foram recebidas até agora 2 684 460 doses e administradas 2 334 229; destas, 1 707 672 pessoas receberam uma primeira dose e 641 425 a segunda dose, tendo sido efetuados no mesmo período 9 645 758 testes (PCR e Antigénio), o que corresponde a cerca de 18,5% e 7,4% da população, respetivamente, números que colocam Portugal na 33o posição do ranking mundial de pessoas vacinadas por 100 mil habitantes.

Os últimos dados semanais do Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), referentes ao dia 15 de abril revelam que a situação pandémica no espaço europeu (EU/EEE) permanece preocupante, com os valores absolutos dos indicadores a manterem-se em níveis elevados, sugerindo que a transmissão ainda é generalizada.

A maioria dos países continua a relatar aumentos nas taxas de notificação de ocorrências, seja de novos casos seja de positividade de testes. Nos grupos de idade mais avançada, as notificações de novos casos aumentaram em catorze países, em treze há relatos de um aumento nas admissões em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) ou internamento hospitalar devido à COVID-19 e nove países relataram taxas de mortalidade estabilizadas há seis semanas consecutivas.

Face a este panorama, com a transmissão generalizada do vírus na EU/EEE, é possível que nas próximas semanas ocorram novos aumentos nas admissões hospitalares, internamentos em UCI e mortalidade, nos países onde se observam crescentes aumentos das taxas de notificação de casos, sendo por isso importante não relaxar nas medidas de prevenção, mantendo as medidas de saúde pública e de distanciamento físico recomendadas.

A nível global, os dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), referentes à última atualização epidemiológica semanal, continuam a revelar-se preocupantes, com aumentos de casos de contágio por COVID-19, pela sétima semana consecutiva, com cerca de 5,1 milhões de novos casos reportados na última semana.

A nível de fatalidades, com exceção da Região Africana e da Oceânia, em todas as regiões do globo foram reportados aumentos no número de mortes pela terceira semana consecutiva, com um acréscimo de mais 83,5 mil novos óbitos registados na semana anterior.

Saliente-se ainda que a Região Europeia e a Região Americana continuam a ser responsáveis por cerca de 75 por cento do total de novos caos de contágio e mortes.

A humanidade mantém o seu foco na eficácia das vacinas, nas quais deposita toda a esperança, mas nem tudo tem corrido como esperado e sobretudo como anunciado. Dificuldades várias, desde a capacidade de produção à distribuição e aos problemas inerentes à urgência em encontrar uma solução, como a testagem e comprovação de efeitos colaterais em alguns lotes já aprovados pelos Reguladores, acrescidas da desinformação promovida pelos movimentos antivacina disseminada pelas redes sociais, têm contribuído para criar algum sentimento de desconfiança, em particular entre as populações mais idosas, que urge ultrapassar.

Com o avançar das campanhas de vacinação da COVID-19 em curso, começam a ser reportadas as algumas reações adversas a alguns lotes de vacinas aprovadas, sinalizando efeitos não detetados durante a realização dos ensaios clínicos. É comum que ao longo do tempo de utilização de qualquer medicamento colocado no mercado, após a aprovação oficial, possam surgir ocorrências médicas nefastas que podem não ser necessariamente causadas por esse medicamento, mas que obrigam a ajustamentos nas recomendações de utilização ao longo do tempo.

A tendência de agravamento da pandemia que continua a verificar-se na Região Europeia não é replicada no nosso País, que apesar de ver o índice de transmissibilidade (Rt) das últimas semanas subir para um valor médio de 1,06 permanece com uma incidência de 72,4 casos de infeção por 100 mil habitantes.

A COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, foi declarada pandemia pela OMS a 11 de março de 2020. Apesar dos esforços científicos e financeiros sem precedentes mobilizados a nível global para criar, com êxito, uma vacina eficaz que a neutralizasse, ainda há dúvidas sobre se o vírus não poderá continuar a driblar a ciência com mais e novas variantes, como tem vindo a suceder desde o início.

Em Portugal, desde que seja considerada elegível e preencha as especificações clínicas aprovadas para cada vacina na UE, toda a população portuguesa poderá ser vacinada tendo, contudo, sido definidos previamente grupos prioritários considerados mais vulneráveis ao vírus SARS-CoV-2. Assim, a estratégia de vacinação, suscetível de poder sofrer alterações em função do evoluir do conhecimento científico e de eventuais alterações que venham a ser aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), passa por 3 fases e obedece inicialmente aos seguintes critérios:

Primeira fase

A partir de dezembro de 2020:

- Profissionais de saúde envolvidos na prestação de cuidados a doentes;

- Profissionais das forças armadas, segurança e serviços críticos;

- Profissionais e residentes em estruturas e residenciais para idosos e instituições similares;

- Profissionais e utentes da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

A partir de fevereiro de 2021:

- Pessoas com idade igual ou superior a 50 anos, com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal (TFGe < 60ml/min), Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.

- Pessoas com 80 ou mais anos de idade.

Segunda fase

A partir de abril de 2021:

- Pessoas de idade igual ou superior a 65 anos (sem vacinação anterior)

- Pessoas entre os 50 e 64 anos de idade, com pelo menos uma das seguintes doenças crónicas: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica (TFGe > 60ml/min), insuficiência hepática, hipertensão arterial, obesidade, outras patologias a definir em função do conhecimento científico.

Terceira fase (em data a determinar após conclusão da segunda fase):

- Restante população elegível, que também poderá ser priorizada.

Entretanto, a fim de evitar atropelos, é pedido à população que aguarde a sua vez até ser contactada pelas autoridades de saúde. Para as pessoas incluídas na primeira fase, que tenham mais de 50 anos e doenças associadas ou mais de 80 anos, existe no portal da DGS, um simulador simples de usar onde poderão verificar se o seu nome consta da lista de prioridades.

Apesar das medidas de confinamento adotadas e em vigor até ao dia 30 de abril, ao abrigo do 15º estado de emergência proposto pelo Presidente da República, estarem a produzir os resultados esperados e o índice de transmissibilidade (Rt=1,06) ser atualmente um dos mais baixos da UE, sendo notória a redução de novos casos diários e o número de fatalidades é, todavia, necessário andar com cautela, não baixar a guarda face às novas variantes do vírus, que continuam a instalar-se em vários países europeus.

A estratégia atual do Ministério da Saúde passa pela testagem massiva dos casos suspeitos, através da utilização alargada de testes laboratoriais a todos os contactos, independentemente dos níveis de risco e com mais testes rápidos de antigénio, já disponíveis para venda ao público em farmácia comunitária, rastreios regulares e testes generalizados em escolas.

A nível global, o número de pessoas infetadas está prestes a atingir os 140 milhões e o número de mortes já ultrapassa os 3 milhões, com o número de casos diários ativos também a crescer em particular na Europa, américas e subcontinente asiático, com novas estirpes a serem identificadas e em circulação em vários países, facto para o qual o diretor da OMS Tedros Adhanom continua a alertar os líderes mundiais, recomendando precaução.

Sequelas da pandemia

Ainda confinados e sem data prevista para iniciar a recuperação, as medidas de afastamento originam perdas graves no rendimento das empresas e famílias e os apoios financeiros do estado mostram-se insuficientes para compensar as perdas de remuneração imediata e a ameaça de perda de emprego, medidas que são agravadas devido ao afastamento social com custos individuais muito elevados, principalmente quando significam a exclusão do núcleo familiar.

A pandemia por COVID-19 está a provocar importantes desafios às famílias e às sociedades, cujos efeitos já se fazem sentir e que certamente se irão repercutir e agravar no futuro, cuja dimensão ainda estamos longe de descortinar na totalidade, mas que já podemos antever face à vivência do nosso dia-a-dia após mais de um ano de confinamento, distanciamento social, isolamento e desconfiança mal disfarçada do nosso semelhante, além dos medos.

Estudos publicados por várias organizações de saúde internacionais, revelam que o impacto da pandemia por COVID-19 na saúde mental e no bem-estar da população em geral e dos profissionais de saúde em particular, devido às restrições e confinamento, são já muito nítidos, revelando sintomas de moderados a graves de ansiedade, depressão, stress pós-traumático e burnout entre outros, mas também resiliência em alguns casos.

No seio das famílias em particular, começa a ser dramático o impacto que a pandemia está a exercer na economia doméstica, com as dificuldades financeiras decorrentes do desemprego e da perda de rendimentos, fatores potenciadores de perturbações nas relações familiares, especialmente em ambientes fechados, que os agravam, sendo demolidor para o desenvolvimento das crianças a todos os níveis.

Novos paradigmas

Desde que a OMS declarou o estado de pandemia a 11 de março de 2020, embora se tenham dado passos gigantescos para travar o seu avanço e minimizar os seus efeitos, na realidade a COVID-19 continua entre nós, transmutando-se continuamente, mantendo-se à frente da ciência, sem dar tréguas a investigadores e aos incansáveis profissionais de saúde e cuidadores, por todo o planeta.

Jamais nos anais da história da humanidade se obtiveram resultados tão rapidamente no desenvolvimento de uma vacina para combater um vírus com as caraterísticas do SARS-CoV-2 e se mobilizaram tão vastos recursos. O novo vírus precisou somente de alguns meses para infetar milhões de pessoas por todo o mundo. A urgência de uma vacina para imunizar a população, a fim de evitar um maior alastramento das infeções e, acima de tudo, um maior número de mortes, direcionou o foco dos cientistas para um método de investigação que ainda está a dar os primeiros passos, mas que se acredita possa vir a ser uma arma útil e eficaz contra a atual e futuras pandemias, além de doenças autoimunes: as vacinas mRNA e reforço do sistema imunitário.

Atualidade na Europa

Na generalidade dos países europeus, as últimas semanas têm revelado que o vírus se mantém com tendência para novo crescimento e surgimento de novas variantes, em patamares elevados e com crescentes taxas de mortalidade, o que obriga os países afetados a executar algumas políticas de geometria variável e a manter o confinamento e fronteiras encerradas, numa tentativa para travar a propagação do vírus que muitos já revelam ser a terceira ou quarta vagas da pandemia.

Segundo o ECDC, que se baseia em dados fornecidos pelos Estados-Membros da UE à base de dados do Sistema Europeu de Vigilância (TESSy), na Europa continua a observar-se um novo agravamento da situação, com mais de 42 428 911 contágios e 968 517 fatalidades desde o início da pandemia.

Na generalidade dos países europeus o número acumulado de fatalidades por 100 000 habitantes (14 dias), continuou a agravar-se na última semana. Hungria (63.07), Bulgária (245.70), Eslováquia (199.35), Polónia (172.53), República Checa (166.54), Estónia (118.89), Itália (105.98), Roménia (104.20), Croácia (103.99), Grécia (93.76).

Com raras exceções, a maioria dos países da Europa, mantém um número acumulado de infeções por 100 000 habitantes (14 dias), muito elevado. Hungria (861.01), Polónia (83956), Chipre (774.09), Suécia (770.67), Estónia (769.69), França (762.16), Eslovénia (659.49), Croácia (626.29), Bulgária (622.03), República Checa (602.32), Holanda (563.29).

Apesar das dificuldades inerentes ao gigantismo da operação, com a anunciada entrada no mercado de novas marcas de vacinas previstas para o 2o trimestre de 2021 e a normalização nas entregas das atuais, parece haver boas razões para acreditar que com a inoculação massiva das “vacinas salvadoras”, se concretizem as melhores previsões da comunidade científica mundial para travar o avanço da COVID-19 até ao próximo outono/inverno, assim consigamos antecipar-nos para travar as novas variantes do vírus.

Em Portugal, registaram-se nas últimas 24 horas mais 2 óbitos, uma significativa redução relativamente aos números das últimas semanas, tendo sido confirmados mais 501 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-Cov-2, o que perfaz um total – desde que a pandemia foi detetada no país em Março último –, de 829 358 infetados, 787 011 recuperados e 16 9313 vítimas mortais. Há ainda a registar 25 414 casos ativos da doença, 423 internamentos hospitalares e 109 casos críticos, que estão a ser acompanhados em UCI pelas autoridades de saúde.

Ainda em tempos de grande incerteza, com fronteiras externas fechadas, pelo menos até final de abril, e as deslocações internas ainda com algum condicionamento, as pessoas que necessitam de se deslocar pelo País são aconselhadas a consultar previamente a “Lista de Concelhos – nível de risco” na internet, onde estão listados todos os Concelhos, com a indicação dos respetivos níveis de risco, a fim de evitar surpresas desagradáveis.

Dada a imprevisibilidade na evolução das várias estirpes da COVID-19, é necessário andar com cuidado, ter paciência e saber esperar, além de manter as demais regras de prevenção como o uso de máscaras, a higienização e a prática de distanciamento, entre outras recomendações da Direção-Geral da Saúde e que o bom senso aconselha, mesmo após a vacinação.

Logística da vacinação

O governo português tem asseguradas as doses de vacinas suficientes para vacinação da população (cerca de 31 milhões de doses), seguindo a estratégia predefinida de vacinação da população, incluindo o início da inoculação de 2ª dose nos grupos prioritários, segundo o plano nacional de vacinação estabelecido, ajustado em função das entregas que forem sendo feitas.

A Direção-Geral da Saúde mantém em funções uma comissão técnica, que “define e ajusta” os critérios em que a vacina contra a COVID-19 é aplicada no País, e uma “task force” que operacionaliza o processo. Os planos de vacinação divulgados nos primeiros dias de dezembro de 2020, estão desde essa data disponíveis para consulta no portal do SNS.

A COVID-19 a nível Global

De acordo com o site worldometers, que aglutina a informação disponibilizada pela OMS e pelos principais Centros de Controle e Prevenção de Doenças em todo o mundo, desde 31 de Dezembro de 2019 até hoje, dia 16 de abril de 2021, foram notificados em todo o mundo 139 765 791 casos de doença, incluindo 3 001 656 mortes e 118 805 088 recuperados, números que se continuam em crescimento, em particular a nível das fatalidades e mais recentemente também a nível dos contágios, o que pode prenunciar novas vagas da pandemia.

Na generalidade dos países europeus a situação continua preocupante, com um nível elevado de contaminações, e o continente americano continua a ser o mais fustigado pela pandemia, com o número de infetados a ultrapassar 60 223 315, seguido da Europa, com um total 42 428 911 infetados, seguidos da Ásia com 32 618 177 casos reportados e de África também com um pequeno aumento para 4 434 067 pessoas. A Oceânia com 60 600 contaminados continua a ser o continente com menos casos registados.

covid 19, mapa mundo

A experiência de outras pandemias que eclodiram no passado, recomendam precaução absoluta pois, tal como outrora, a hipótese de eclosão de novas vagas parece estar à vista. A nova COVID-19 transmuta-se e não dá tréguas! Decorrido mais de um ano após a primeira infeção detetada em humanos, a incerteza quanto ao evoluir da doença apesar de tudo mantém-se. Não podemos deixar ao acaso a nossa saúde e a de nossas famílias. Todos os cuidados são poucos!

Caracterização do Novo Vírus COVID-19

Os coronavírus são uma família de vírus de RNA que geralmente provocam doença respiratória leve em humanos, semelhante a uma gripe comum. Porém, algumas estirpes podem apresentar-se como doença mais grave, como o síndrome respiratório do Médio Oriente (MERS) e o síndrome respiratório agudo severo (SARS-CoV-2).

O novo coronavírus (COVID-19) foi identificado pela primeira vez em humanos, na cidade de Wuhan, China, em final de Dezembro de 2019 e alastrou por outras regiões, acabando por contaminar todo o planeta e tendo originado a atual pandemia, sabendo-se que também possui capacidade de mutação em animais, como sucedeu no início entre as populações de martas nos Países Baixos, Dinamarca e Espanha, em julho de 2020.

Diferença entre epidemia e pandemia

A palavra pandemia, deriva do grego “pandemias” (todos + demos=povo), para identificar uma epidemia de doença infeciosa que se espalha quase simultaneamente entre a população de uma vasta região geográfica como continentes ou mesmo pelo planeta.

Metodologia de atualização de dados

A atual situação epidémica é acompanhada diariamente pela OMS, FDA, ECDC, EMA, DGS e outras Entidades de Saúde Regionais que divulgam os principais indicadores relativos ao número de casos atingidos pela doença bem como o número de mortes diretamente atribuíveis à COVID-19. Não obstante os números mudarem a cada segundo, o quadro a seguir reflete os últimos dados conhecidos, sendo nossa intenção mostrar uma panorâmica a nível global que ajude a uma tomada de consciência das pessoas, tão realista quanto possível.

Situação Mundial da Pandemia 16 de ABRIL, segundo a OMS:

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

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RECOMENDAÇÕES DA ECDC

Como se espalha o COVID-19?

As pessoas podem ser infetadas pelo COVID-19 através de outras pessoas portadoras do vírus inalando pequenas gotículas infetadas ao tossirem e espirrarem ou ao tocar superfícies contaminadas e em seguida tocarem o nariz, a boca ou os olhos.

Quais são os sintomas da doença?

A COVID-19 afeta cada pessoa de forma diferente. A maioria das pessoas infetadas experimenta sintomas ligeiros a moderados da doença e recuperam naturalmente, mas para muitas outras pode ser mais grave. Os sintomas principais incluem uma combinação de:
– Febre
– Tosse seca
– Dificuldade para respirar
– Dor muscular
– Cansaço anormal
– Dor muscular
– Perda de olfato ou paladar

Surto de doença, O que precisa saber?

Se já esteve em áreas afetadas pela COVID-19 com risco de exposição ou entrou em contacto com pessoa infetada com aquela doença e se, no espaço de 14 dias, desenvolve tosse, febre ou falta de ar:

– Fique em casa e não vá para o trabalho ou escola.

– Ligue de imediato para o número de saúde do país em que deseja obter informações; certifique-se de que menciona os sintomas, histórico de viagens e os contactos tidos.

– Não vá ao médico ou hospital. Lembre-se que pode infetar outras pessoas. Se precisar de entrar em contacto com seu médico ou visitar o serviço de emergência hospitalar, ligue com antecedência; indique sempre os seus sintomas, o histórico de viagens ou contactos.

Como pode proteger-se e aos outros da infeção

– Evite o contacto próximo com pessoas doentes, especialmente as que tossem ou espirram.

– Tussa e espirre no cotovelo ou num lenço de papel, NÃO na mão. Descarte o lenço usado imediatamente num contentor do lixo fechado e lave as mãos com água e sabão.

– Evite tocar nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos.

– Lave regularmente as mãos com água e sabão, pelo menos durante 20 segundos ou use um desinfetante à base de álcool após tossir / espirrar, antes de comer e preparar alimentos, depois do uso do WC e após tocar superfícies em locais públicos.

– Pratique o distanciamento social: mantenha-se pelo menos a 1-2 metros de distância dos outros, especialmente de quem estiver a tossir ou espirrar.

 

Linha de Apoio em Portugal (SAÚDE 24): (+351) 808 24 24 24

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
10 de Abril de 2024

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