A abordagem para o tratamento de homens com depressão precisa de ser alterada caso o aumento da sua participação nos serviços de saúde mental seja bem-sucedido, revelou uma nova pesquisa da Universidade de Sydney, na Austrália.

Nos últimos dez anos, o número de homens australianos que procurou intervenção clínica para lidar com a depressão aumentou aproximadamente dez por cento.

Desta forma, o estudo sugere que os clínicos de saúde mental precisam de mudar a forma como prestam tratamento caso queiram que este tenha um impacto efetivo na epidemia de suicídio masculino.

Com base em entrevistas, os especialistas descobriram que a maioria dos clínicos assumiu erroneamente que os clientes entenderam o processo de tratamento, tendo a minoria deles dado objetivos aos pacientes. Segundo o estudo, este não será o modo mais correto de lidar com homens deprimidos, dado que estes tendem a querer uma ideia formada de como o tratamento vai funcionar desde o início, um plano estruturado para trabalhar para a recuperação.

"É uma questão de afinação", dizem os especialistas; “um esforço concertado para um tratamento ativo e capacitador deve diminuir o fardo para os clínicos, através de períodos de tratamento mais curtos usando uma abordagem clara e estruturada. Este processo também deve aumentar a alfabetização em saúde mental dos homens e capacitá-los com as habilidades de que precisam para lidar com a depressão, para que estejam preparados quando surgir a próxima crise".