Cientistas portugueses analisam bactéria em tempo recorde em simulacro de surto

Cientistas portugueses analisam bactéria em tempo recorde em simulacro de surto

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  Tupam Editores

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Uma equipa de três investigadores portugueses conseguiu detetar, fazer o retrato genético de uma bactéria e determinar a melhor forma de a combater em tempo recorde, num simulacro de surto num hospital.

As equipas do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier da Universidade Nova de Lisboa, Instituto Gulbenkian de Ciência e Instituto de Medicina Molecular trabalharam articuladas e em horários alargados para “rentabilizar tempo e tecnologia”, disse à agência Lusa uma das responsáveis do estudo, Raquel Sá-Leão.

Inicialmente, o prazo previsto foi de oito dias, mas tudo ficou pronto em seis, desde a recolha das amostras à sua sequenciação, trabalhando num registo “o mais real possível” dentro da simulação, cujo cenário era um pedido feito por hospital fictício a braços com uma infeção por uma bactéria desconhecida.

Este período “seria o ideal desejável” para lidar com uma situação do género, disse Raquel Sá-Leão, acrescentando que um dos objetivos do estudo é mostrar que com a tecnologia e os recursos humanos suficientes, a análise genética é a melhor forma de iniciar o combate a bactérias que podem atacar hospitais.

Os investigadores usaram amostras previamente recolhidas e armazenadas de uma bactéria resistente a vários antibióticos, a Klebsiella pneumoniae, como se fossem provenientes de doentes, e outras amostras ambientais recolhidas em lavatórios e ralos de lavatórios.

Posteriormente foi feita a sequenciação do genoma da bactéria responsável pelo surto simulado, um processo que pode demorar “várias semanas”, mas que foi conseguido usando “técnicas avançadas” que são caras, mas que acabam por compensar porque “salvam vidas” e evitam os custos de ter que tratar vários doentes críticos.

Os resultados do estudo de Raquel Sá Leão, Maria Miragaia e Ricardo Leite, que decorreu durante a semana passada no âmbito do projeto ONEIDA, da Universidade Nova, são conhecidos no Dia Europeu dos Antibióticos e vão ser divulgados primeiro pelos congressos europeus da especialidade e deverão ser publicados numa revista científica portuguesa no ano que vem.

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