Uma nova pesquisa sobre a esclerose lateral amiotrófica (ELA) mostrou que células imunes específicas podem ajudar a retardar a progressão da doença, uma descoberta importante para o desenvolvimento de novas terapias para o tratamento de pacientes.

A equipa de pesquisa, do Instituto Westmead, na Austrália, investigou a relação entre as células T e a progressão da ELA. O estudo, realizado em humanos e animais, descobriu que as células T reguladoras CD4+Foxp3+ estão intimamente ligadas à rapidez com que a doença progride.

Os investigadores acreditam que esta descoberta proporcionará um novo caminho para o desenvolvimento de terapias urgentemente necessárias para o tratamento da ELA.

"Os médicos não sabem o que causa a ELA e, atualmente, não há cura ou tratamentos eficazes para interromper ou reverter a progressão da doença. O desenvolvimento de novas terapias para tratar esta doença debilitante e fatal é uma grande prioridade para a nossa equipa de pesquisa”, disseram os cientistas.

"Queríamos entender a relação entre as células T reguladoras e a doença; para isso, medimos os níveis dessas células em pacientes com ELA e descobrimos que a doença progrediu significativamente mais lentamente em pacientes que tiveram um número maior de células T no sangue”, continuaram.

A equipa também estudou a relação entre essas células e a doença em ratos, aumentando as populações das células, através de um tratamento nunca usado anteriormente para esta doença.

O resultado foi que não só a doença progrediu mais lentamente, como os neurónios motores foram preservados.

Este facto, segundo os investigadores, pode ajudar no desenvolvimento de novas terapêuticas contra a patologia.