Caminhar com a mente “desligada” e focada na respiração e no ambiente à volta é mais benéfico para o estado de saúde em geral e contribui para diminuir o stress e a ansiedade, concluiu um estudo realizado nos Estados Unidos.

Uma equipa de psicólogos avaliou os benefícios para o bem bem-estar de um grupo de estudantes com alto nível de stress que realizaram caminhadas e verificaram que estes se sentiam melhor durante as caminhadas, mas sentiam um bem-estar maior ainda quando relatavam estar mais focadas na atividade que estavam a fazer.

Para o estudo, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, foram recrutados 158 estudantes para realizar teste de “caminhar focados”, uma técnica difundida no ocidente pelo monge vietnamita Thich Nhat Hanh e que consiste em estar consciente de cada um dos passos e da respiração, sem pensar em mais nada.

Durante duas semanas, oito vezes por dia, os estudantes respondiam a perguntas sobre as suas atividades físicas, se estavam stressados ou ansiosos, bem como questões destinadas a avaliar o seu nível de atenção plena.

Os dados mostraram que, nos momentos em que os participantes estavam mais conscientes ou ativos relativamente à prática da atividade física que faziam do que o habitual, eles apresentavam um nível significativamente menor de emoções negativas.

O maior nível de ganho surgiu quando os exercícios físicos eram praticados com foco no momento presente, usando a técnica proposta, o que revela um possível efeito de sinergia entre o movimento e a atenção.

“Quando as pessoas estão mais atentas e mais ativas do que o normal, elas parecem ter uma diminuição extra no afeto negativo. Ser mais ativo num determinado momento já vai reduzir o afeto negativo, mas ser mais atento do que o normal ao mesmo tempo mostrará esse efeito amplificado”, disse o cientista Chih-Hsiang Yang.