Um aparelho inovador que ajuda pacientes com problemas de tontura completou com sucesso a sua primeira etapa de testes e está próximo de ficar disponível no mercado.

O aparelho, por enquanto denominado por CAVA, sigla em inglês para “Avaliação Vestibular Ambulatorial Contínua”, visa acelerar o diagnóstico das causas mais comuns de tontura.

O dispositivo foi criado por investigadores da Universidade de East Anglia e do Hospital da Universidade Norfolk e Norwich, no Reino Unido, e é usado de forma similar a um fone de ouvido.

A primeira etapa de testes sobre a precisão, fiabilidade e segurança do aparelho, cujos resultados foram publicados na revista Nature Scientific Reports, mostra que a tecnologia é 99 por cento precisa na deteção da cintilação ocular (nistagmo), tipicamente associada à labirintite (além de outras condições).

No ensaio clínico, o dispositivo CAVA foi usado por 17 participantes, por até 30 dias, tendo recolhido 90 mil horas de dados dos movimentos dos olhos e da cabeça, totalizando 405 dias de dados - é o maior banco de dados criado até hoje sobre essa condição.

Projetado para ser leve, durável e para ser usado durante o dia e a noite para monitorizar os movimentos da cabeça e dos olhos, o aparelho mostrou-se útil e preciso na avaliação dos ataques de tontura, mesmo fora do ambiente hospitalar.

“Após anos de desenvolvimento, estou contente que este projeto tenha sido bem-sucedido na identificação de períodos curtos de nistagmo visualmente induzido com um alto grau de precisão”, disse John Phillips, coordenador da equipa.

Apesar dos resultados positivos na primeira faze de testes, ainda não há previsão de quanto o aparelho estará disponível no mercado.