Poucas substâncias são tão seguras quanto a cafeína, usada diariamente por 85 por cento da população norte-americana. Por esse motivo, Jaques Reifman, que trabalha com software de biotecnologia de alto desempenho para o exército dos Estados Unidos, procurou projetar um algoritmo para estratégias de dosagem de cafeína.

A sua pesquisa, publicada no Journal of Sleep Research, desenvolveu um software para avaliar a fisiologia única das pessoas e determinar a melhor forma de combater a falta de sono sob quaisquer condições.

O plano do exército era desenvolver uma ferramenta que determinasse exatamente quanto de cafeína deveria ser consumida para que o corpo humano atingisse o seu desempenho ideal, disse o investigador.

A cafeína afeta todas as pessoas de maneira diferente. Os corpos têm metabolismos únicos, enquanto os padrões de sono alteram os efeitos da cafeína.

Para conhecerem mais sobre este facto, os investigadores fizeram cerca de uma dúzia de testes de tempo de resposta, conhecidos como uma tarefa de vigilância psicomotora, que revelaram dados para o desenvolvimento de algoritmos que avaliassem a estratégia de toma ótima de cafeína para maximizar o estado de alerta em momentos precisos.

Os especialistas procuraram melhorar as estratégias de dosagem de cafeína a partir de seis experiências publicadas anteriormente. Eles administraram as tarefas de vigilância psicomotora durante dois dias para avaliar o perfil de resposta de cafeína de um indivíduo e registaram o cronograma de sono.

O algoritmo, segundo o estudo, pode projetar esquemas de consumo de cafeína que alcançaram resultados similares com 65 por cento menos da substância ou melhoram o desempenho em até 64 por cento com quantidades comparáveis.

De acordo com os investigadores, o algoritmo está a ser avaliado em soldados em treino, sendo que a sociedade civil pode precisar de esperar um pouco mais para adaptar o seu próprio consumo de cafeína.