Um estudo realizado pela Universidade Nacional de Singapura descobriu que, quando se trata de tomar decisões financeiras sob risco, os idosos consideram os resultados financeiros dos outros como os deles próprios e fazem escolhas benéficas para ambos.

Os investigadores realizaram estudos para comparar como adultos mais jovens e mais velhos tomam decisões financeiras, tanto para si quanto para os outros.

O estudo foi realizado entre 2016 e 2017 e envolveu 191 participantes; entre eles, 93 eram adultos mais velhos, com uma idade média de 70 anos, enquanto 98 eram adultos jovens, com média de 23 anos de idade.

Pediu-se aos participantes que completassem uma série de testes informatizados de tomada de decisão, nos quais foram avaliados com base nas escolhas feitas sob incertezas.

A equipa usou a modelagem computacional para analisar dois aspetos da tomada de decisão financeira dos participantes: a aversão à perda, que é uma tendência para ponderar as perdas potenciais mais fortemente do que os ganhos potenciais; e a assimetria de aversão ao risco, que analisa a tendência de ser avesso ao risco de ganhos potenciais e de busca de risco por perdas potenciais.

Os resultados mostraram que quando adultos mais jovens tomam decisões financeiras em nome de outros, eles assumem mais riscos, mesmo quando as decisões colocam a pessoa para quem estão a agir em desvantagem.

Os idosos fazem escolhas semelhantes para si e quando agem para os outros. Assim, os resultados sugerem que os idosos se preocupam mais com o bem-estar dos estranhos.

Os resultados deste estudo foram relatados na revista Psychology and Aging.