A IMPORTÂNCIA DO TIMO
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Tupam Editores
O timo (do grego thýmos=energia vital) é uma glândula linfoide primária localizada no mediastino superior do corpo humano, ou seja na região anterior e superior do tórax, próximo do coração e entre os pulmões, que desempenha um papel crucial no desenvolvimento do sistema imunológico, especialmente durante a infância.
Esta glândula é responsável pela maturação dos linfócitos T jovens, um tipo de célula imunológica essencial para a resposta imunológica adaptativa, também conhecida por adquirida, que tem a capacidade para reconhecer cada patógeno e atuar de maneira específica para os combater. Além disso cria memória imunológica, para que haja uma memória de defesa que saiba como destruir aquele patógeno específico, em caso de futuras intrusões.
O timo constitui-se como uma glândula linfoide primária especializada do sistema imunológico, em cujo interior os linfócitos T amadurecem a fim de protegerem o sistema imunológico adaptativo ao qual especificamente se adaptam para combater invasores externos. É composto por dois lobos que se encontram na parte superior do tórax, prolongando-se para a parte superior até ao pescoço.
Histologicamente, o timo é dividido em uma região cortical externa, rica em linfócitos imaturos designados por timócitos e uma medula interna, onde os timócitos completam a sua maturação, sendo que a estrutura do timo é sustentada por uma rede de células epiteliais e fibroblastos, formando o estroma do órgão.
Basicamente, a principal função do timo é a adestração e maturação dos linfócitos T, que são produzidos na medula óssea mas migram para o timo, onde passam por um processo rigoroso de seleção positiva e negativa, garantindo desta forma que apenas os linfócitos T que reconhecem antigénios próprios, com baixa afinidade, sejam libertados na corrente sanguínea, enquanto os que reconhecem antígenos próprios com alta afinidade ou que não são funcionalmente adequados são eliminados, condição que é essencial para prevenir reações autoimunes.
O timo é mais ativo durante a infância e a adolescência, período em que ocorre a maior parte da maturação dos linfócitos T. Após a puberdade, o timo começa a evoluir, substituindo gradualmente o seu tecido funcional por tecido adiposo. Todavia, apesar dessa involução, o timo continua a produzir linfócitos T ao longo da vida adulta, embora em menor quantidade.
Problemas no desenvolvimento ou na função do timo, podem levar a imunodeficiências severas, como por exemplo a síndrome DiGeorge, uma condição genética que resulta na ausência ou hipoplasia do timo, causando uma deficiência grave de linfócitos T. Além disso, tumores tímicos, como timomas, podem ocorrer e estão frequentemente associados a doenças autoimunes como a miastenia grave, que é causada por disfunção do sistema imunológico.
As neoplasias epiteliais do timo, embora raras, são os tumores primários mais comuns do mediastino anterior e incluem o carcinoma tímico e timolipoma, mas sobretudo os timomas, que representam cerca de 30% das massas no mediastino anterior em adultos e 15% em crianças, com a ocorrência anual de 15 casos de timoma por cada 100 mil pessoas, segundo o portal MedicinaNET. Por outro lado, cerca de 90% dos timomas ocorrem no mediastino anterior e os restantes acontecem na região cervical e em outras áreas do mediastino, e trata-se de tumores lobulados, uma forma rara e agressiva de cancro, podendo conter áreas císticas, calcificação e hemorragias intra-tumorais.
O mediastino é uma das três cavidades em que está dividida a cavidade torácica, correspondendo ao espaço existente entre os dois pulmões, no centro do tórax, sendo composto por várias estruturas anatómicas como a traqueia, o coração, esófago, o timo e uma parte dos sistemas nervoso e linfático.
Quanto aos linfócitos T, também designados por células T ou mais vulgarmente por glóbulos brancos, são um grupo heterogéneo de células dos sistema imunológico que executam a resposta imune, intervindo na defesa do corpo contra substâncias estranhas ou agentes infeciosos, que se desenvolvem principalmente durante a fase de crescimento do ser humano.
O timo é uma glândula vital para o desenvolvimento de um sistema imunológico funcional. Durante o crescimento fetal e na infância, está envolvido na produção e maturação dos linfócitos T, um dos tipos de glóbulos brancos do sangue. Após o seu desenvolvimento no timo, migram para os gânglios linfáticos do organismo.
A sua função primária de maturação dos linfócitos T é crucial para a resposta imune adaptativa, protegendo o organismo contra patógenos e prevenindo doenças autoimunes. A compreensão da estrutura e função do timo é essencial para o desenvolvimento de terapias e tratamentos para diversas condições imunológicas e autoimunes.
Apesar da sua pequena massa estrutural, cerca de 40 a 50 gramas na puberdade, mas diminuindo de tamanho e atividade durante o processo de envelhecimento, o timo tem uma importância crucial para o bom funcionamento das defesas do sistema imunitário, e sem ele a vida seria extremamente difícil, senão mesmo inviável, devido à incapacidade do corpo para desenvolver um sistema imunológico adaptativo eficaz.
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