Ter um cão pode estar associado a uma vida mais longa, especialmente se se estiver a recuperar de um ataque cardíaco ou de um AVC e se viver sozinho. A conclusão consta de um artigo publicado recentemente na revista da American Heart Association.

Um importante estudo sueco e uma meta-análise de estudos anteriores publicados ao longo de 70 anos, que envolveram mais de 4 milhões de pessoas em países como os Estados Unidos da América, Canadá, Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido, sugerem que ter um cão diminui em 24 por cento o risco de morte prematura em geral – uma percentagem que sobe no caso de doentes cardiovasculares que morem sozinhos.

Os dados apurados permitiram concluir que ter um cão em casa está associado a uma redução de 24 por cento do risco da mortalidade em geral (ou seja, qualquer causa de morte) e a menos 31 por cento de hipóteses de a pessoa vir a morrer com um ataque cardíaco ou um AVC, comparando com quem não tem cão.

Quanto aos doentes cardiovasculares, o risco de morte diminui 33 por cento no caso de quem já sofreu um ataque cardíaco e 27 por cento para quem sobreviveu a um AVC – desde que more sozinho com o cão.

Convém referir que o benefício desce para 15 por cento e para 12 por cento se o doente dividir a casa com mais alguém, muito provavelmente porque o animal acaba por ser passeado por todos, diminuindo, assim, a atividade física.

Mas os benefícios não se ficam por aqui. Segundo a Dra Caroline Kramer, professora de medicina na Universidade de Toronto, ser dono de um cão está ainda associado a níveis de pressão arterial menores, um perfil lipídico melhor e menor reação ao stress.