A utilização de insetos na alimentação animal, e também humana, é um tema quente a nível internacional, estando a surgir várias empresas a investir neste tipo de solução em vários pontos do globo, e começam também a acontecer as primeiras alterações regulamentares para a utilização de insetos como fonte nutricional.

Em maio deste ano foi anunciada no país a criação da Portugal Insect – Associação Portuguesa de Produtores e Transformadores de Insetos, uma organização fundada pela Entogreen, a Portugal Bugs e a Nutrix para representar os produtores e transformadores portugueses de insetos, que são cada vez mais vistos como uma alternativa a outras proteínas na alimentação humana e como fertilizantes para solos agrícolas.

De acordo com os seus fundadores, a organização nasceu com o objetivo de representar os produtores e transformadores de insetos, quer na vertente da alimentação humana, quer na animal.

Mais recentemente, em Setembro, a DGAV e a Entogreen lançaram o “Manual de Boas Práticas na Produção, Processamento e Utilização de Insetos em Alimentação Animal”.

O documento foi desenvolvido no âmbito do projeto EntoValor, uma iniciativa da EntoGreen, startup nacional que pretende utilizar insetos para converter resíduos vegetais agroindustriais em fontes nutricionais para a alimentação animal e fertilizantes para solos agrícolas.

O objetivo deste Manual é dotar os operadores dos princípios, requisitos e critérios que permitam a implementação e cumprimento das disposições legais referentes à utilização de proteínas animais transformadas, provenientes de insetos de criação, na alimentação de animais de aquicultura.

Nas palavras dos autores, terá um impacto relevante no setor da utilização de insetos como nova fonte nutricional para animais, um campo ainda recente mas em larga expansão.