Foi inaugurado, nas instalações do Hippiatrica – Equine Medical Center, em Santarém, um equipamento de ressonância magnética para equinos, o primeiro no país.

Trata-se da tecnologia Hallmarq, existente em qualquer parte do mundo, por ser a única empresa que produz um aparelho de ressonância magnética em que o cavalo está em pé.

O equipamento permite fazer uma ressonância do corpo até ao casco e do curvilhão até ao casco, e como o animal está em pé o exame não envolve anestesia geral, que é um risco. Os cavalos apenas são sedados, e apesar de continuarem a existir riscos, estes são muito menores e o procedimento é muito mais rápido.

Entre os proprietários portugueses ainda se está “a criar a cultura” de que é importante fazer ressonância magnética pois há casos complexos, ou seja, há situações em que a ecografia ou o raio-X não são suficientes e, por isso, torna-se complicado para o médico veterinário fazer um diagnóstico.

Segundo Manuel Torrealba, proprietário e diretor-clínico do Hippiatrica, Portugal não está na cauda da Europa, mas no início. Já há muito se converteu num circuito de passagem de cavalos de competição de grande nível, daí a necessidade deste tipo de equipamento.

Até agora os pacientes “portugueses” eram enviados para Madrid, o local mais perto onde existia uma tecnologia deste tipo. De referir que para levar um cavalo a Madrid, o proprietário tinha de suportar um custo de 1.200 euros só de transporte. Esses dias já ficaram para trás.

Quanto à tecnologia agora existente no Hippiatrica o objetivo passa por conseguir realizar quatro a seis ressonâncias magnéticas, por mês, numa fase inicial, no entanto, o intuito é conseguir fazer uma média de dez a doze.