É do conhecimento geral que os gatos são animais mais independentes do que os cães necessitando, por essa razão, de menos contacto com os donos.

Na verdade, a necessidade de contacto dos gatos com o ser humano não tem sido muito estudada.

Mas uma investigação realizada na Universidade Sueca de Ciências Agrícolas veio revelar que os gatos interagem mais intensamente com os seus tutores depois de longos períodos de separação, o que revela a necessidade de restabelecerem a relação com os mesmos após longos períodos de solidão.

Para perceber quais as necessidades de interação dos gatos com os humanos, os cientistas analisaram o comportamento dos animais antes, depois e durante a separação do animal e do seu dono.

Os 14 animais que participaram no estudo foram sujeitos a duas experiências: foram deixados sozinhos em casa durante 30 minutos e durante 4 horas.

Não se registaram alterações de comportamento no animal antes da partida do dono, nem durante os primeiros cinco minutos de separação. Além disso, não se observaram grandes diferenças de comportamento nos gatos até praticamente à fase final da separação, portanto, ao que parece, os animais não são muito afetados pela separação.

Contudo, no reencontro com o tutor os gatos ronronam mais e tentam estabelecer contacto físico. Os tutores, por sua vez, iniciam contacto verbal mais vezes. Assim, segundo os autores do trabalho, o maior nível de contacto social iniciado pelos gatos após uma separação mais prolongada indica um comportamento de procura de contacto, o que significa que o dono é uma parte importante do ambiente social do gato.