Esterilização em cães de grande porte aumenta risco de obesidade

Esterilização em cães de grande porte aumenta risco de obesidade

Canídeos

  Tupam Editores

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Não é novidade para os donos, e muito menos para os médicos veterinários, que os animais quase sempre engordam após a esterilização.

Recentemente, um estudo da Morris Animal Foundation, nos EUA, veio confirmar que a esterilização de cães de raça grande em qualquer idade pode aumentar o seu risco de obesidade mesmo anos depois.

Mas as descobertas não se ficam por aqui, o estudo relaciona ainda a esterilização precoce dos cães de grande porte com o aumento do risco de desenvolvimento de lesões ortopédicas não traumáticas em idade mais avançada.

Missy Simpson, epidemiologista na Morris Animal Foundation, e coordenadora do estudo, relembra que durante anos se incutiu às pessoas que a esterilização dos cães faz parte das tarefas de um dono responsável, no entanto, existem vantagens e desvantagens a considerar quando se toma essa decisão.

Segundo a cientista, o estudo vem questionar a decisão de esterilizar canídeos de grande porte, especialmente se se considerar a sua saúde e bem-estar a longo prazo. Esta decisão torna-se ainda mais difícil uma vez que a obesidade continua a aumentar entre os animais de companhia.

Durante o estudo, os cientistas analisaram dados recolhidos sobre mais de três mil cães da raça golden retriever ao longo de seis anos. Destes, cerca de metade havia sido esterilizada. Através de questionários anuais online, os donos e os veterinários dos animais responderam a questões sobre a saúde e estilo de vida dos animais. Os cães foram ainda alvo de um exame físico anual, e recolhidas amostras biológicas.

Verificou-se, então, que os animais esterilizados tinham entre 50 a 100 por cento mais probabilidade de ficarem com excesso de peso do que os que não haviam sido, independentemente da sua idade na altura da intervenção.

Quando este fator entrou na equação, Missy Simpson percebeu que os retrievers esterilizados antes dos seis meses de idade tinham 300 por cento mais probabilidade de desenvolverem problemas ortopédicos.

Perante os resultados, os cientistas estão confiantes de que a sua descoberta pode ser generalizada a outras raças, particularmente de cães de grande porte.

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