As autoridades espanholas detetaram, no passado mês de junho, um caso de raiva, em Ceuta. De referir que o animal afetado havia sido abatido, tendo sido retirada uma amostra do seu tecido cerebral, que foi enviada para o Instituto de Saúde Carlos III para análise.

O presidente do Colégio Oficial de Veterinários de Ceuta, Francisco Fernández, já confirmou que se tratava de um animal que havia sido importado de Marrocos, e a organização está a colaborar com o Conselho de Saúde espanhol e os Serviços Sociais para colocar em marcha um conjunto de medidas de prevenção da disseminação da doença.

As autoridades espanholas afirmam que não existem razões para alarme, uma vez que o animal estava confinado a um espaço fechado e que a doença está controlada. Além disso, referem que a campanha antirrábica nacional já está operacional, sendo gratuita para todos os cães, gatos e furões.

Desde 2012 que não era detetado um caso de raiva na região autónoma de Ceuta, em Espanha.

A raiva é uma doença infeciosa viral contagiosa. Afeta o sistema nervoso de cães de todas as idades e transmite-se maioritariamente através da mordedura de animais infetados.

Trata-se de uma doença zoonótica, ou seja, pode ser transmitida ao ser humano, sendo responsável por 30 a 70 mil mortes humanas por ano (em África, na Ásia e na América do Sul). O prognóstico para animais infetados é mau, culminando na morte em poucos dias, pelo que é extremamente importante a vacinação contra a doença.

Em Portugal, e de acordo com o Plano Nacional de Luta e Vigilância da Raiva e Outras Zoonoses, esta vacina é obrigatória para todos os canídeos com três ou mais meses de idade e está sujeita ao pagamento da taxa de vacinação que é fixada, anualmente, pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária. Para os felinos, apesar de não ser obrigatória, é aconselhada.