Cientistas criam antibiótico capaz de atacar apenas as bactérias más

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A luta contra as resistências aos antibióticos é, atualmente, uma prioridade tanto na saúde animal como humana, uma vez que as bactérias multirresistentes são já responsáveis por 33 mil mortes todos os anos na Europa.

Uma investigação realizada por um consórcio internacional de cientistas conseguiu desenvolver um novo tipo de antibióticos programáveis e criados à medida para atacar apenas as bactérias más e que permite evitar as resistências antimicrobianas.

Rodríguez-Patón, Professor do Departamento de Inteligência Artificial da Escola Superior de Engenheiros Informáticos da Universidade Politécnica de Madrid (UPM), coordenador do estudo, refere que da mesma forma que se estão a desenvolver probióticos para regular as bactérias existentes na microbiota intestinal, também se desenharam “bactérias sentinela” programáveis capazes de detetar e matar apenas as bactérias perigosas sem afetar as bactérias boas.

Para isso, os investigadores desenvolveram aquilo que apelidaram de “bomba genética programável”.

O antibiótico desenvolvido, transportado por “bactérias sentinela”, é uma toxina programada para se ativar e matar apenas quando reconhece uma bactéria má. Esta “bomba genética” é transmitida por uma “bactéria sentinela” às suas bactérias vizinhas mediante um processo denominado conjugação.

Segundo o cientista, a conjugação é um mecanismo de transmissão de ADN usado pelas bactérias e que conseguimos programas nas “bactérias sentinela” para enviar a “bomba genética” às bactérias vizinhas. Se esta bomba acede a uma bactéria má, vai detetar determinados sinais moleculares como a virulência ou a resistência a antibióticos que a ativarão, matando a mesma.

A eficiência desta nova geração de antibióticos já foi comprovada em organismos vivos, nomeadamente crustáceos infetados com a bactéria aquática da cólera (Vibrio cholerae), tendo conseguido eliminar o vírus resistente a outros antibióticos.

Um feito relevante pois a cólera também afeta mais de um milhão de pessoas todos os anos, levando à morte nos casos mais graves.

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