Os sinais de problemas relacionados com a separação podem variar de acordo com o estado interno que os desencadeia, como o medo e a ansiedade.

A conclusão consta de um estudo que revela ainda que os latidos frequentes durante a separação dos tutores podem indicar frustração em vez de medo.

Aproximadamente 15 por cento dos cães que temos como animais de companhia sofrem do distúrbio de comportamento denominado síndrome de ansiedade de separação.

Estes animais parecem “enlouquecer” quando os seus donos saem de casa e agem de maneira inadequada: passam a ter um comportamento destrutivo (arranham sofás, mordem objetos pessoais do dono, janelas, pés da mesa, das cadeira, portas), urinam ou defecam em lugares proibidos ou ladram e uivam sem parar.

Na investigação os cientistas partiram da teoria de que os tutores representam um recurso para os cães. Por essa razão, colocaram a hipótese de existir uma associação entre o comportamento permissivo e inconsciente do tutor e o reduzido limite de frustração do cão que, como consequência, demonstra sinais específicos de problemas relacionados com a separação.

Esta hipótese veio a revelar-se correta, e os autores do estudo afirmam ainda que  a relação entre a permissividade do tutor e o tipo de vocalização emitida comprova a teoria de que a atitude do tutor para com o cão pode associar-se aos sintomas de ansiedade por separação relacionados com a frustração dos animais, uma vez que tendem a responder da mesma forma noutras situações frustrantes.