DIABETES

Filhos de mães com DT1 têm sinais precoces de disfunção vascular

Um novo estudo realizado por investigadores do Instituto Karolinska e da Universidade de Estocolmo, na Suécia, revelou que os filhos de mães com diabetes tipo 1 (DT1) podem desenvolver disfunção vascular precoce, independentemente da saúde metabólica. A descoberta pode ajudar a desenvolver futuras estratégias para a prevenção de doenças cardiovasculares na infância.

Filhos de mães com DT1 têm sinais precoces de disfunção vascular


A incidência de doenças cardiovasculares em jovens tem aumentado constantemente nas últimas décadas, em contraste com a tendência de queda em idosos, o que destaca a necessidade de se identificarem melhor os grupos de risco para o desenvolvimento de novas medidas preventivas direcionadas.

As doenças cardiovasculares estão associadas a diversos fatores de risco bem conhecidos, que incluem a obesidade, o tabagismo, o sedentarismo e a diabetes.

Sabe-se que os filhos de mulheres com DT1 apresentam maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares. O novo estudo, publicado na Cell Reports Medicine, foi o primeiro a demonstrar que o risco está ligado à disfunção precoce das células dos vasos sanguíneos nos filhos, mesmo antes do surgimento de quaisquer problemas metabólicos.

Para explorar a relação, os especialistas utilizaram uma combinação de modelos animais, registos de saúde suecos e dinamarqueses e um pequeno estudo clínico. Os resultados mostraram um efeito específico ao sexo, ou seja, apenas os filhos apresentaram alterações vasculares precoces.
O trabalho mostrou que a função vascular é afetada antes do surgimento da disfunção metabólica, o que desafia as suposições atuais.

Foi possível concluir que a disfunção é impulsionada pelo stress oxidativo nas células endoteliais, um potencial sinal precoce de futuras doenças cardiovasculares. As descobertas podem ajudar os médicos a avaliar melhor o risco e a concentrarem-se em medidas preventivas.

De acordo com o primeiro autor do estudo, Allan Zhao, verificou-se que a intervenção precoce pode restaurar a função vascular nos animais afetados, o que aponta para novas oportunidades de prevenção de doenças mais tarde na vida.
Atualmente, a equipa está a investigar os efeitos da diabetes materna a longo prazo, com foco particular na razão pela qual os filhos parecem ser afetados mais cedo do que as filhas.

Fonte: Tupam Editores

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