Novo comprimido para emagrecer mostra resultados positivos
Um novo comprimido desenvolvido para ajudar na perda de peso e no controle de açúcar no sangue revelou-se promissor nos estudos iniciais. De acordo com a Eli Lilly, o seu medicamento experimental, a orforgliprona, ajudou pessoas com diabetes tipo 2 a reduzir o nível de açúcar no sangue e a perder peso.

A farmacêutica espera lançar o primeiro comprimido para emagrecer com GLP-1 (peptídeo semelhante a glucagon 1) no mercado. Os medicamentos com GLP-1, como o Ozempic e o Wegovy, são populares pois ajudam as pessoas a controlar a diabetes e a perder peso, mas, atualmente, estão disponíveis apenas na forma injetável. Tanto os médicos como os pacientes aguardam por uma versão em comprimido, que seja mais fácil de tomar.
Segundo Jeffrey Emmick, da Lilly Cardiometabolic Health, isso permitiria tratar muitos mais pacientes do que se consegue com um injetável. Até porque algumas pessoas não gostam de injeções e os medicamentos injetáveis geralmente necessitam de ser mantidos no frio. A versão em comprimido poderia ajudar mais pessoas em todo o mundo que não têm fácil acesso à refrigeração.
Outra das vantagens é o facto de poder ser produzido em grandes quantidades mais facilmente. O medicamento injetável GLP-1 da Lilly entrou em escassez logo após o lançamento.
No novo estudo, a orforgliprona foi testada durante 40 semanas em adultos com diabetes tipo 2. As pessoas que tomaram a dose mais alta perderam em média 7,2 kg, ou cerca de 7,9% do seu peso corporal. Os efeitos colaterais mais comuns estavam relacionados com o estômago e, na sua maioria, foram leves ou moderados.
O medicamento atua sobre a hormona GLP-1, que ajuda a regular o açúcar no sangue e a reduzir o apetite. Ao contrário de outros medicamentos com GLP-1, que são feitos de moléculas grandes, a orforgliprona é uma molécula pequena, o que significa que o organismo o pode absorver mais facilmente.
A farmacêutica planeia submeter o comprimido para aprovação como tratamento para a perda de peso até o final de 2025 e para o tratamento da diabetes em 2026.