Gerald I. Shulman, um dos investigadores envolvidos, explica que a resistência à insulina impulsiona a DT2. Se se reverter a resistência à insulina, reverte-se a DT2. Num estudo relevante Shulman e Kitt Petersen mostraram que uma redução modesta de peso – mesmo de apenas 10% – permite essa reversão.

O estudo foi replicado várias vezes em grandes grupos de indivíduos. No entanto, muitas pessoas que inicialmente tiveram sucesso na perda de peso, acabaram por o recuperar. Os novos medicamentos antiobesidade GLP-1 desempenham um papel importante pois ajudam as pessoas a manter essa perda de peso a longo prazo para tratar a diabetes e outras doenças.

A melhor forma de reverter a DT2 é diminuir a resistência do corpo às ações da insulina produzida pelo pâncreas. Para a maioria das pessoas, isso significa tentar atingir um peso saudável, praticar exercícios regularmente e diminuir a ingestão de açúcares e o excesso de hidratos de carbono na dieta.

Para os especialistas, tratar a doença tem implicações significativas para a saúde geral. Com o tempo, os níveis elevados de açúcar no sangue podem danificar a visão, nervos, coração e função renal. Assim, quanto mais cedo os níveis elevados de açúcar no sangue voltarem ao normal ao tratar ou reverter a diabetes, menos danos poderão causar.

Para Shulman, melhor do que tratar a DT2 é concentrar-se no que a impulsiona. Ao reverter a resistência à insulina, não se reverte apenas a DT2, mas também se previnem doenças cardíacas, a doença hepática gordurosa, cancros associados à obesidade e a doença de Alzheimer, entre muitos outros problemas que a resistência à insulina acarreta.