O eczema, também denominado dermatite atópica, é uma inflamação crónica e pruriginosa nas camadas superficiais da pele que, só nos EUA, afeta de 5,5% a 10% dos adultos, além de 10,7% das crianças.

No estudo, publicado recentemente no jornal de acesso aberto Plos One, a equipa utilizou dados do Programa de Pesquisa All of Us do Instituto Nacional de Saúde dos EUA, que abrangeu centenas de milhares de adultos. A investigação incluiu 286.862 pessoas que tinham dados demográficos, código postal e registo eletrónico de saúde disponíveis.

No geral, 12.695 participantes (4,4%) foram diagnosticados com eczema. Após analisar os dados demográficos e o tabagismo, os especialistas concluíram que as pessoas com eczema tinham mais probabilidade de viver em códigos postais com níveis elevados de partículas finas, ou PM2,5, no ar. Para cada aumento de 10 µm/m3 na poluição média do ar por PM2,5 no código postal, as pessoas tinham mais que o dobro da probabilidade de ter eczema.

Segundo o Dr. Jeffrey Cohen, um dos investigadores envolvidos, o aumento da poluição do ar, medido por PM2,5, pode influenciar o risco de desenvolver eczema, provavelmente através dos seus efeitos no sistema imunológico.

Mostrar que indivíduos nos Estados Unidos que são expostos a estas partículas têm maior probabilidade de ter eczema ajuda a entender as importantes implicações da poluição do ar ambiente na saúde. A poluição atmosférica é um risco ambiental que influencia doenças inflamatórias da pele, o que sugere possíveis intervenções direcionadas.